quinta-feira, 3 de abril de 2014

Faltou investimento


Este é um ano atípico para o Futebol brasileiro. Não pelo fato de termos mais uma Copa do Mundo. A questão é que a competição será no País. Os dirigentes, pelo menos conscientes, estão certos de que não terão altas arrecadações de bilheterias durante quatro meses, mas apenas em oito meses para os clubes, incluindo os Campeonatos Estaduais, que pouco ou nada rendem. Apenas prejuízo. Há ainda o problema dos investidores com as aplicações voltadas exclusivamente para o Mundial. Sobram as migalhas. Por estas questões, não tivemos investimentos técnicos, muito menos financeiros e o resultado está sendo refletido na fase de grupos da Copa Libertadores 2014. Exceto o Grêmio, invicto e jogando um futebol seguro, os demais não convenceram. Na mesma etapa no ano passado, Palmeiras, Atlético, São Paulo, Corinthians, Grêmio e Fluminense estavam voando e foram absolutos na fase de grupos. Os times brasileiros eram primeiros colocados de suas chaves, exceto o São Paulo e Grêmio que foram dominados por Atlético e Fluminense.

E 2014.... Tem sido um drama. Não para o Grêmio, que mostrou na vitória por 2 a 0 sobre o Atlético Nacional, na Colômbia, que deseja muito mais. Mas sua boa performance está voltada principalmente pelo acerto do trabalho do técnico Enderson Moreira, já que fez uma limpeza no grupo e, ainda, não foi necessário fazer grandes contratações. Este é o estilo do novo técnico. Vejam vocês, quando Luxemburgo passou por lá tinha Elano, Vargas, Zé Roberto (permanece), Moreno e outros e ele dizia que era um grupo para ser campeão.

O Flamengo não buscou nenhum jogador para que pudéssemos ter a certeza de que ali estava a diferença. Podem dizer que conseguiu Elano, mas vejamos, não é mais aquilo tudo do passado. E jamais foi espetacular. O Rubro Negro perdeu o seu diferencial: o volante Elias. Alguma coisa me diz que este era o jogador pretendido pelo Atlético e que pode ter vindo a Belo Horizonte feito os exames médicos e vetado. O nome até hoje é guardado sob sete chaves. Mas pelo que conheço do presidente Alexandre Kalil era o que desejava para reforçar o meio, especialmente depois que Cuca anunciou que levaria Pierre para a China, o que não se concretizou. O Atlético não trouxe jogadores que poderíamos chamar de grandes reforços. O argentino Otamendi é eficiente, mas a zaga tem Leonardo Silva e Réver. Era muito mais importante contratar um volante ou um lateral, como agora com a chegada do Emerson. Há a maldição da lateral esquerda, com várias contusões, mas um jogador para preencher a lacuna, como falavam os locutores no passado, o Galo não apresentou.

O Cruzeiro também não trouxe nada para encantar. O grupo de 2013 estava muito mais encorpado, apesar de mantido. Só que os jogadores não conseguem o mesmo rendimento. A empolgação é outra. Vejam bem: comparando ao desempenho no Campeonato Brasileiro. O Atlético Paranaense nem sei se vai conseguir escapar. O Botafogo mostrou sua real capacidade em casa contra o Unión Española. Será complicado passar pelo San Lorenzo na Argentina. E falando em Argenina, dois dos seus times estão com cara de que vão chegar: Newell`s Old Boys e Vélez Sarsfield. Ficando num plano inferior Lanus e Arsenal Sarandi, aquele mesmo do ano passado, que levou um banho do Galo.



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