O clássico deixou boa impressão. Houve muita movimentação, inteligência para jogar de ambas as partes e firmeza na marcação, especialmente por parte do Cruzeiro, que assumiu o compromisso mais defensivo . O placar de 0 a 0 foi justo, mas o Atlético foi o que mais se aproximou do gol para tentar tirar a vantagem do rival, por estar em casa e, ainda, para sentenciar o grito “Caiu no Horto está morto”.
Ficou claro que aqueles placares com grandes vantagens, como 6 a 1, 5 a 0, 4 a 0 e 3 a 0, os maiores alcançados em decisões entre eles, nos últimos dez anos, está totalmente fora de cogitação depois do futebol apresentado ontem. Os times ficaram sem espaço para jogar e está muito evidente o equilíbrio tático e técnico. Os jogadores estão muito aplicados. E vejam bem: foi uma semana desgastante, com viagens e muita pressão psicológica, devido aos jogos pela Copa Libertadores. Nem por isso se viu um clássico apagado. O torcedor não tem o que reclamar.
O Atlético, sem Ronaldinho Gaúcho, jogou um futebol mais coletivo, com perda na qualidade técnica, mas pode ter chegado ao gol adversário mais vezes se o craque estivesse em campo. Tardelli foi mais compromissado e o goleiro Victor não foi tão exigido como na última quinta-feira, quando o time empatou por 1 a 1, com o Independiente Santa Fé, na Colômbia. A defesa foi firme. Alex Silva agradou na lateral esquerda, sem errar como Dátolo. Muitas de suas jogadas tiveram sequencia. Jô pouco apareceu, também em função do esquema, com muita movimentação para Tardelli e Marion. Já Guilherme, que ficou também com a obrigação de marcar, fez dois lançamentos na medida.
O Cruzeiro recebeu nota10 pelo sistema de marcação. Esteve mais uma vez a prova e não deixou dúvidas quanto a sua eficiência. Na quinta-feira passou pelo Univesidad de Chile, em Santiago, sem levar gols. Depois um clássico em que foi exigido, novamente seguro. O meio com Lucas Silva e Henrique encaixou. Tem vigor físico, técnica, velocidade e experiência. Agrada também porque ambos jogam os 90 minutos no mesmo ritmo. Destaque para Samúdio, firme no combate como os demais defensores, com exceção do Ceará um pouco abaixo. Lá na frente, Willian foi o que agradou pela movimentação. Soube encontrar seus espaços e criar boas situações. Júlio Baptista está caindo de produção. Idem, Ricardo Goulart. Para domingo, no Mineirão, o Cruzeiro ficou com a faca e o queijo na mão para poder dizer que este é seu. Pelo desenrolar do primeiro jogo a vantagem de um novo empate lhe fortaleceu mais. Diferente de 2013, depois dos 3 a 0 no primeiro jogo. Mas é clássico e todos sabem que o título está em aberto.
Marcelo perdeu uma ótima oportunidade de decidir o titulo no domingo. O Galo estava com 7 desfalques e o banco fragilizado. Cruzeiro praticamente completo, com várias opções no banco. Poderia ter a ousadia de vencer o galo no Horto. Poderia, mas o medo de perder prejudicou o Cruzeiro. O Galo mostrou sua força diante de um Cruzeiro recuado, tentando achar um contra ataque que não surgiu. Para o galo faltou um pouco mais de experiência a Marion e sorte ao Tardelli para vencer o jogo. Ao Cruzeiro faltou a vontade de vencer. As mexidas do Autuori, principalmente com a entrada do Carlos deu novo vigor ao time. A entrada de um terceiro volante prejudicou o Cruzeiro que sogreu a mesma pressão se entrasse um meia. A entrada de Souza e Elber seriam mais produtivas do que Moreno e Nilton.
ResponderExcluirO Galo tem uma grande chance de chegar ao seu terceito título consecutivo. O que parece ao Cruzeiro resta o regulamento. Acho que só o vôlei será a alegria azul no domingo.
Frederico,
ResponderExcluirRespeito sua analise, mas em um clássico não há espaços para riscos e o Marcelo usou sua tática. Se der certo e o Cruzeiro ganhar o título vc verá que ele acertou em ter tomado todos os cuidados possíveis ontem.