O Cruzeiro comemora o título de campeão mineiro. Sobrou dentro de campo, com a melhor defesa, ataque, invicto com 11 vitórias em 15 jogos e um futebol consistente. O empate por 0 a 0, ontem, no Mineirão, contra o Atlético, veio confirmar seu equilíbrio e coroar o trabalho do técnico Marcelo Oliveira. Alguns ainda o contestam, principalmente depois dos maus resultados, mas ele dá a sua resposta com medidas certas: conquistas. E promete que outras virão.
O clássico foi um jogo igual, com predominância dos setores defensivos. Não só pelo placar, mas porque os atacantes exigiram muito pouco dos goleiros. O Cruzeiro chegou duas vezes com perigo. Se no primeiro jogo (0 a 0 no Independência) entrou em campo para não tomar gols, desta vez seu comportamento foi ofensivo, o que fez com que o Atlético tivesse a obrigação de fazer gols. Não foi um espetáculo nota dez. A gente sempre quer gols, mas as equipes agradaram e não deixaram espaço para que sejam condenadas. O problema do Atlético é ainda o individual. Peças chaves continuam longe de uma produção dentro da real capacidade, especialmente Ronaldinho Gaúcho e Tardelli. Outros seguem com um rendimento que pouco acrescenta para o jogo coletivo. Uma mesmice que só beneficia aos adversários.
O argumento do Atlético é que começou a temporada depois dos demais concorrentes e por este motivo está custando a entrar no ritmo, mas já estamos chegando em maio e isso não pode ser usado mais como desculpa há algum tempo. O único fator positivo é que a última derrota foi no dia 8 de fevereiro por 2 a 0 para o Tupi. Mas foram poucos os momentos de encantamento. Já o Cruzeiro partiu para a temporada com compromissos. No Estadual, os números são incontestáveis. Faturou tudo. Os problemas foram apenas nos jogos como visitante (Garcilaso e Defensor) e no empate contra o Defensor, no Mineirão, pela Copa Libertadores. A superação veio em alto estilo. Tanto que ontem, nas redes nacionais de TV, foi uma unanimidade na preferência diante do duelo pelas oitavas de final contra o Cerro Porteño, do Paraguai.
O melhor de tudo é que o futebol mineiro segue em alta. A torcida azul em festa, mas sem comemorar tanto, porque a caminhada é longa e só vai aumentar a intensidade.
O Cruzeiro mereceu o título, porem ele não pode esconder algumas deficiências do time. O Cruzeiro pode jogar com o regulamento sum, porem nao pode ser refém do mesmo. O ultimo lance do jogo poderia colocar tudo a perder. Sorte ou competência de achar um impedimento no final do jogo. Assim como o Marcelo foi humilde em reconhecer o Henrique como melhor volante do elenco, ele precisa rever as titularidades de Dagoberto e Ceará. Quem verificar os últimos 5 jogos, irá comprovar que as principais jogadas dos times adversários foram realizadas em cima do Ceará. E o principal argumento para sua titularidade é a marcação. Dagol precisa escolher seu esporte, ou joga bola ou luta MMA. William e Mayke pedem passagem. E colocar Souza e Tinga nos minutos finais e quase sofrer um pênalti quase faz do Marcelo o vilão da noite.
ResponderExcluirNada tira o título merecido do Cruzeiro, ele só não pode servir para encobrir erros do time. E ate mais, tentar vender uma imagem ou um time que esta longe de ser. Pés no chão e muita humildade serão fundamentais nesta caminhada. Do presidente ao porteiro, todos devem e precisam deste sentimento. Alem de alternativas táticas durante o jogo. Goulart está sobrecarregado no meio, fazendo seu futebol cair de rendimento. A zaga fica exposta não pela marcação dos volantes, mas pelas subidas desnecessárias de Dedé. Cuidado Cruzeiro.
ResponderExcluirFrederico,
ResponderExcluirBoa analise. Normalmente as vitórias escondem os erros e vc mostrou que é preciso evoluir técnica e taticamente. Parabéns, Melane