Os jogos de ida das oitavas de final da Copa Libertadores 2014 não foram bons para os três representantes brasileiros que continuam na competição: Grêmio, Atlético e Cruzeiro. Pelas circunstâncias poderiam ter alcançado resultados que facilitariam o jogo de volta. Jogaram para que tudo ficasse ainda mais difícil. O Cruzeiro empatou em casa com o Cerro Porteño, fazendo o gol em cima da hora. Tinha tudo, caso apresentasse um futebol objetivo, para sair do Mineirão com uma boa vantagem e jogar para confirmar a classificação em Assunção. Agora lhe reservou uma guerra. Não tem como escapar desta realidade. Terá de jogar muito para fazer os gols e chegar as quartas de final.
O Grêmio, diante do San Lorenzo, teve bons momentos no jogo, mas acabou perdendo por 1 a 0, em Buenos Aires e precisará fazer dois gols em Porto Alegre para confirmar sua condição de melhor brasileiro na competição. Não poderá levar gols. Vive um momento de insegurança, tudo em função da perda do título gaúcho para o Internacional, com duas derrotas na finalíssima. A questão é aquela que todo mundo sabe no Futebol: títulos estaduais pouco ou nada representam para os vencedores, mas são um inferno para os perdedores. Agora dizem que o técnico Enderson Moreira não tem comando; que falta qualidade ao grupo e, ainda, que problemas internos influenciam na produção da equipe. Zé Roberto voltou ontem e Kleber continua sendo apenas um assistente. São dois jogadores fundamentais e não podem estar de fora num momento decisivo.
Já o Atlético, pode-se dizer que novamente, foi uma negação ofensiva, diante do Atlético Nacional, em Medelin. Não fez gols e o resultado não poderia ter sido outro: derrota por 1 a 0, placar justo pelo que jogaram os colombianos. O jogo de volta, quinta-feira, no Independência, será outro drama. Não fiquem esperando que será como aquele ano que passou, porque em 2013 o time jogava com objetividade em casa. Realmente acontecia, graças a um futebol eficiente. Em 2014, esteve sempre distante dos 100%. Se a defesa acerta, falta a eficiência ofensiva. Se está determinado, não se vê um entrosamento adequado. Para complicar, a produção individual está péssima. Só Victor está dentro de um nível para se acreditar que o Galo vai chegar novamente. Para encerrar, o seu rival não é lá estas coisas, mas tem condições de chegar aqui, repetir o bom futebol que apresentou em Rosário para eliminar o Newell´s Old Boys e voltar classificado. Para o Galo está claro que terá de jogar o que tem capacidade, não aquela vergonha de ontem. Não é futebol de campeão.
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