quinta-feira, 17 de abril de 2014

Outra lição para o Cruzeiro

O paraguaio Samúdio marcou o gol do Cruzeiro no empate com o Cerro Porteño

Os primeiros 90 minutos do Cruzeiro nas oitavas de final da Copa Libertadores, ontem, no Mineirão, contra o Cerro Porteño, não foram os desejados. Foi mais uma lição. No empate por 1 a 1, o time celeste não conseguiu traduzir em gol sua superioridade, a maior posse de bola e o fator campo. Ricardo Goulart e Dagoberto fizeram muita falta, cada um em sua função. Já o Cerro deu um exemplo de como se deve jogar defensivamente. Impressionou por estar sempre com três na bola para defender e também atacar. Enquanto seus jogadores tiveram pernas para aguentar o ritmo forte e o gramado pesado, na maioria das vezes correndo atrás do adversário, foi possível manter a vantagem. Mas no instante final, o Cruzeiro conseguiu o gol de empate. Resultado justo.

Nos 20 primeiros minutos, o ex-jogador e técnico Mário Sérgio foi muito preciso em seu comentário na TV: “Este time (Cerro) não veio aqui apenas para defender. Vai dar trabalho”. E como deu. O Cruzeiro tinha a posse de bola, mas sem convencer. Tanto que cruzou bolas na área para serem cortadas ou fazer do goleiro Fernandez um dos destaques. Mas sem nenhuma defesa milagrosa. Os paraguaios foram ganhando coragem e logo fizeram o gol. Cresceram, passaram a tocar a bola e fazer com que tudo ficasse ainda mais difícil para a equipe celeste. O Cruzeiro sentiu a sequência de cinco jogos dificílimos. Muito natural, mas agora terá 15 dias para ganhar o mesmo poder que usou para fazer 2 a 0 no Universidad de Chile, em Santiago.

Só que a equipe mineira terá de mostrar um outro comportamento, já que não terá os mesmos espaços cedidos pelos chilenos, muito mais técnicos. Os paraguaios têm um estilo aguerrido  de jogar e não dão espaço. Jogam com o espírito de Libertadores. Importante lembrar que é um time superior técnica e taticamente em relação ao seu grande rival, o Olímpia, que no ano passado perdeu o título da Libertadores para o Atlético, no Mineirão. A classificação estava melhor encaminhada depois das vitórias sobre o Universidad e o Garcilaso, além do título mineiro conquistado em cima do Atlético. Mas as oitavas de final apontam que o jogo de volta, em Assunção, será dramático. Terá que jogar futebol de campeão. Não pode ficar na ilusão de que o gol no final foi o indicativo para  a classificação.





2 comentários:

  1. O campeonato mineiro serviu para encobrir alguns erros apresentados na quarta. O clássico pode ter influenciado no jogo de quarta pelo desgaste dos atletas. Porém o time de Marcelo mostrou que não possui uma variação tática. Está previsível, estático e sem inspiração. Não adianta possuir um plantel com jogadores como Marlone, Borges, Moreno, Alisson, Mayke entre outros se não posso tirar o melhor de cada. Era claro que o time paraguaio iria tentar tirar a velocidade do time do Cruzeiro, logo não era jogo para entrar com o Elber de cara. O garoto saiu queimado pela atuação abaixo do esperado. Assim como o Barça o Cruzeiro está viciado em seu modo de jogar e não tem forças para mudar está situação. Quando a tática não funciona, depende um lance, um suspiro para a vitoria.
    O time sem Goulart, perde muito no meio, pois não temos um jogador com as mesmas características, portanto o time não consegue desenvolver o mesmo futebol. Mas será que existe apenas um jeito de jogar? É preciso conhecer o plantel que tem, chegou a hora de se reiventar, tirar do conforto a cadeira de titular de alguns jogadores. Senão iremos cair no mesmo marasmo do Barça. Se o plantel é grande e possui uma certa qualidade, chega a hora de se comprovar isso.O time do Cerro não fez nada de novo. Apenas se utilizou de suas peças para melhor armação do time. Enquanto que o Cruzeiro, tentou ser o mesmo e quando tinha a chance de mudar continuou sendo o mesmo.

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  2. Frederico,
    Bela analise. Alguns pontos precisos, mas não existe a perfeição e o Cruzeiro, em certos momentos, paga um preço alto pela falta de qualidade de alguns e pela necessidade de ter outras variáveis ofensivas. Realmente Goulart é muito importante para o esquema. O time perde a velocidade e ainda fica na dependência de passes precisos (vamos dizer jogadas de velocidade) que não acontecem. Mas este é o futebol brasileiro. Frederico, o Cruzeiro tem tudo, apesar de suas várias colocações, de chegar em Assunção e vencer. Já estará nas quartas de final. Na minha visão será preciso o Marcelo dar outra determinação para o grupo, como conseguiu em Santiago.

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