Depois da eliminação do Santos Laguna e do Vélez Sarsfield, dois dos melhores da Fase de Grupos da Copa Libertadores, consequentemente para os dois piores classificados com a segunda colocação, fica difícil prever o que poderá acontecer com Grêmio, Cruzeiro e Atlético nos jogos de volta das oitavas de final. Sem ser pessimista, não será nenhuma surpresa se os três caírem fora, apesar da superioridade técnica. A questão é a seguinte: os times estão jogando com raça, imprimindo um ritmo forte nos contra-ataques e, ainda, com todas as peças tendo múltiplas funções em campo. Os 11 jogam. Jogam mesmo. Ninguém fica assistindo ao jogo ou fingindo que está fazendo marcação. O Nacional do Paraguai, aquele mesmo que esteve aqui no Independência e empatou por 1 a 1, com o Atlético, é o melhor exemplo. Tirou o todo poderoso Vélez Sarsfield, uma tradição e campeão. E jogando em Buenos Aires, depois de fazer 1 a 0 no jogo de ida. Ontem empatou por 2 a 2. Fez uma retranca, soube aproveitar as chances e por pouco não venceu.
Em 2011, o Cruzeiro, com Cuca foi disparado o melhor da Fase de Grupos, sendo eliminado nas oitavas pelo modesto Once Caldas, da Colômbia. Perdeu por 2 a 0, em Sete Lagoas, depois de ter vencido o jogo de ida por 2 a 1. Foi uma zebra. Os cruzeirenses levaram pelo menos dois anos para digerir aquele tropeço. É o que vai acontecer agora no Vélez, que no ano passado também foi eliminado pelo Newell`s Old Boys, só que em circunstânciais diferentes. Não tinha feito a melhor campanha na classificatória e o time era inferior ao atual. Para completar, seu rival estava numa fase boa. Tecnicamente era superior.
Os resultados das oitavas de final dos brasileiros poderiam ter sido melhores. O Grêmio, diante do San Lorenzo, também pelo fato do jogo ter sido na Argentina e perdido por 1 a 0, pelo que jogou, um empate não seria nada anormal, porque teve chances e o esquema tático estava funcionando. Como visitante, segurou o Newell`s, e atropelou o Atlético Nacional, em Medellin. Agora, em função da perda do título gaúcho, com dois resultados negativos, um deles por goleada, os reflexos foram muitos para a equipe, que ainda não conseguiu se superar.
Já o Cruzeiro deu mole para o Cerro Porteño, no Mineirão. Tinha de ter feito dois ou mais gols de vantagem e não aquele sofrível empate por 1 a 1. Hoje iria jogar para administrar a vantagem, mas não encarnou a Libertadores e terá uma guerra.
O Atlético foi uma vergonha em Medellin. Tanto que dispensou Paulo Autuori depois da derrota por 1 a 0, que ficou barato pelo que jogou. Nada, nada, nada. Verdade nua e crua. Sua torcida está a espera do milagre da ressureição para que o time possa ser aquele mesmo do ano passado, especialmente até as oitavas de final, quando não deu chance. Do contrário, poderá sair amanhã. Ninguém merece tanto.
Não por falta de qualidade, mas de comprometimento o futebol brasileiro caiu fora
ResponderExcluirO pior desempenho foi do Atlético que entrou num grupo fraquíssimo e depois não conseguiu nem uma vitória nas oitavas de final. Não podemos esquecer de que ele estava praticamente com o mesmo grupo que lhe deu o título de 2013, exceto Bernard.
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