Cruzeiro - Gilvan foi preciso com os conselheiros: “Não me permito errar mais”

Visivelmente abatido, pela ausência do Cruzeiro na finalíssima do Campeonato Mineiro, o presidente do Cruzeiro no encontro de ontem (25-04) com os conselheiros do clube, no Barro Preto, foi muito preciso: “Não me permito errar mais”. O recado foi direto para o futebol: na definição do novo técnico para o lugar de Deivid e, também, em relação às contratações. Fez uma exposição de tudo que aconteceu a partir da saída de Marcelo Oliveira, dispensado em junho do ano passado porque não tinha mais um grupo sob seu comando.

Ele reconheceu que errou e muito. Primeiro com Vanderlei Luxemburgo: “Aposta que não deu certo”. Em seguida, com Mano Menezes que estava indo bem e ele não teve como mantê-lo diante da proposta da China. E  finalmente, “Errei também na escolha de Deivid”. O presidente afirmou que o histórico do Cruzeiro é o de manter sempre o treinador: “Eu não posso mais aventurar. Tenho de trazer um técnico experiente e preparado”. Deixou claro que o nome principal pode ser o de Abel Braga, porém sem citá-lo. Garantiu que hoje ou no máximo amanhã, pela palavra que teve com o treinador, haverá a decisão: “Ele pediu o prazo até amanhã. Ficou de resolver uma pendência que tem e, se conseguir, será nosso técnico”.

Gilvan ressaltou que Fernando Diniz não tem chance, porque seria uma aventura. E também sem citar o nome, referiu-se a Jorginho, do Vasco, que é o treinador que está mais encaminhado, como algo real: “É bom que o Vasco saiba que eu não pagarei mais os 50% do salário do Riascos. Se não aceitar, o jogador volta em junho”. Pressão natural para não criar caso pela liberação de Jorginho.

Finalmente garantiu para os conselheiros a liberação de quatro jogadores e a contratação de quatro de qualidade. E repetiu: “Não me permito errar mais. Foram erros que afetaram as contas do clube”. Foi esclarecedor. É tudo o que o torcedor também queria ouvir. Agora, é mãos à obra e não impedir que o clube caminhe para as vitórias.

Participaram cerca de 150 conselheiros, sendo dois ex-presidentes: Alvimar de Oliveira Costa e César Masci.