Galo está na final. Agora, concentração total na Libertadores

Depois de obter a classificação para as oitavas de final da Copa Libertadores (vai enfrentar o Racing, da Argentina), o Atlético fez dois jogos contra a URT pelas semifinais do Campeonato Mineiro. Não preencheu as expectativas em nenhum deles. No primeiro, empate por 2 a 2,em Patos. A desculpa foi o gramado ruim, mais o desgaste na goleada por 4 a 0 sobre o Melgar. Hoje (23-04), no jogo da volta, no Independência, o Galo não deslanchou. Estava sendo um minguado 1 a 0. Mas Rafael Carioca ampliou já nos descontos. Foi justo o placar por 2 a 0. Vejo que faltou harmonia e a produção individual deixou a desejar.  É fácil chegar a esta conclusão: aponte pelo menos um que tenha sido regular. Apenas um ou outro. Então, o Galo não foi dez.

A URT  chegou por méritos as semifinais. Tem um time organizado, mas jamais para ser um obstáculo para o Galo, no Horto, em um jogo decisivo. Sua maior virtude: a aplicação. Jogou por uma bola e soube tirar proveito da falta de objetividade do Atlético, que foi o dono da bola, mas sem condições de furar o bloqueio defensivo do rival.

Tenho procurado evitar criticas ao técnico Diego Aguirre. Hoje ele não tem como escapar, porque teve a sua parcela de culpa. Ouviu o coro forte (de burro) da torcida, revoltada, por falta de ação para as mudanças. Em todos os outros jogos, quando o rendimento não era o esperado, fez as mexidas no intervalo. Esta tarde ele deixou para mudar apenas aos 32 minutos da segunda etapa. Foi salvo pelo gol de Lucas Pratto, o alívio.

Vou criticar, mais uma vez, a presença de Dátolo. Ele quebra o ritmo do time.  Também foi salvo pelo gol de Pratto. Incrível o erro na cabeçada no lance do gol. Pode dizer que deu o passe.

O produto final, porém, está sentenciado: o Galo está na final do Campeonato Mineiro.  Agora, concentração total para o primeiro jogo das oitavas, contra o Racing, quarta-feira, em Buenos Aires.