quarta-feira, 4 de março de 2015

A história não nega. Um sempre leva o outro


Pode ser até que a colocação mais precisa seja analisarmos o Futebol mineiro, com o pensamento de que as duas principais potências são movidas pelos resultados e investimentos do rival. Quando o Atlético começou a Copa Libertadores 2015 e complicou nos dois primeiros jogos, reforcei o raciocino: isso é muito ruim para Minas, porque o Cruzeiro vai se sentir numa posição confortável e pode dar com os burros n´ água: empaca. Outros preferem dizer travar. Melhor é quando o rival começa bem e há a obrigação de acompanhá-lo porque no caso de uma derrota as pressões serão maiores. O questionamento é inevitável: “Nós vamos ficar atrás?” Quando o Atlético investiu alto e foi buscar Ronaldinho Gaúcho, o Cruzeiro seguiu a cartilha, fez um grande time. Ganhou dois títulos nacionais. Façanha para poucos. Tanto que em 32 rodadas foi líder do Brasileiro. Outra marca que mostra competência dentro de campo. Já na Libertadores de 2014, o Atlético saiu da competição nas oitavas de final e o Cruzeiro, vou dizer que por ciúme, decidiu sair na etapa seguinte, diante do San Lorenzo. E agora?




A verdade é que, depois de duas rodadas na Libertadores 2015, Atlético e Cruzeiro  estão de mãos dadas. Não convenceram e o pior: a cada momento estão se distanciando da lista dos que podem chegar à disputa pelo título. O Cruzeiro no empate por 0 a 0, com o Hurácan, foi o dono da bola (57% a 43%); criou os principais lances; jogou essencialmente pela direita e com bolas cruzadas, mas não fez o mais importante: o gol. Ficou a desconfiança porque foi um jogo em casa. Tinha de fazer os três pontos. Agora, caso o Atlético tivesse vencido um de seus jogos, com certeza teríamos visto um Cruzeiro mais presente. Não que não tenha sido determinado, mas o jogo é outro. É o mesmo quando você vê um companheiro de trabalho desenvolvendo o melhor para a empresa, elogiado e os outros naturalmente tentam acompanhá-lo. Agora, se o companheiro não tem um bom desempenho, especialmente se for o líder, há o conformismo. Na maioria das vezes se passa a remar no mesmo ritmo. No Futebol é pior ainda.



Dentro dos clubes, o que a gente ouve são histórias de que um não está ligado ao outro: dirigentes, técnicos e jogadores. O ex-presidente do Galo, Alexandre Kalil, não cansou de dizer: “Não me preocupa o que se passa do outro lado da lagoa. Não existe”. Já na Toca, a situação é praticamente idêntica. O argumento mais forte: “Lá se faz ainda o amadorismo. Agora é que estão acordando”. Um sabe 100% o que acontece do outro lado. Pontos positivos e negativos, dívidas, promessas não cumpridas, brigas etc. Há mensageiros dos dois lados. Melhor: espiões.  A paixão, que temos de respeitar, porque move o Futebol, determina que o rival vá para o inferno, mas o que nos salva, com certeza, é que ambos estão na listas dos grandes times do mundo, em termos de estrutura, o que lhes dão o poder de hoje viver no fogo do inferno e amanhã das delicias do paraíso. Se é que eles existem.


6 comentários:

  1. A capital do futebol mineiro já deixou de ser BH.

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  2. Cadê o artilheiro? Só faz gol no Rural?

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  3. Assistir jogo do mineiro é sacrilégio. Na Liberadores o capítulo final já está decretado. Decepção

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  4. Eu acredito Galão da massa

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  5. Fernando, Patrick, Ed Carlos, Léo e Emerson Conceição. Pierri, Douglas, Maicosuel e Arrascaeta. Jô e Andre. Tá com pena? Leva pro cê. kkkkkkkkkkk

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  6. Esqueci do técnico: Aquele que liberou a concentração. Aquele da sabedoria japonesa, aquele dos números, aquele que não soube explicar as viradas contra Flamengo e Corinthians. kkkkkk

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