segunda-feira, 2 de março de 2015

Cárdenas, Carlos, Henrique Dourado, Misto, Libertadores




A 5ª rodada do Campeonato Mineiro, restando ainda Boa Esporte x Tombense, mostrou alguns acertos, equívocos e boas perspectivas para dois representantes do interior: Caldense, que empatou com o América, por 0 a 0, no Independência – jogou novamente certinho; e o Villa Nova, que fez 2 a 1, no Mamoré, em Patos e mostrou o quanto deseja uma das vagas nas semifinais. 

Na vitória do Atlético por 2 a 0 sobre o Guarani, dois pontos chamam a atenção. O primeiro, Cárdenas, Dodô e Luan, os três e às vezes ainda Carlos, tentando fazer a função que era de Tardelli. O resultado foi um desastre na primeira etapa. Cárdenas foi a vítima e saiu no intervalo. Levir Culpi diz que o colombiano terá dificuldades para se adaptar ao esquema do Galo. É só definir funções. Deixar para Cárdenas, um jogador fogoso, o espaço no meio para que não fique trombando com os companheiros e seu futebol apareça. A outra questão é Carlos. Ele já merece uma atenção especial. Pintou bem, no ano passado, com estilo, boa técnica, velocidade e visão. Atacante com cheiro de gol. Depois aconteceu aquela história do corte na Seleção Brasileira Sub-20, por contusão (estiramento) e dois dias depois estava treinando na Cidade do Galo. Em seguida, ao saber que não começaria como titular em 2015 com Levir, apareceu machucado. Foi até tirado das entrevistas pelo Atlético para não falar bobagem, depois de pular carnaval em Ouro Preto. Há ainda a história da possível troca por Bernard com o Shakhtar. Assunto que mexe com a cabeça de qualquer jogador, principalmente de um iniciante. Algo de mais grave pode ter acontecido. Sua atuação ontem não foi de uma promessa.


O Cruzeiro fez mais do que sua obrigação sábado (28/2), ao fazer 3 a 0 no Tupi, em Juiz de Fora, com time misto. Soube impor. Jogou como se estivesse com todos os principais jogadores, com uma determinação exata para um time vencedor. O ganho foi muito grande em termos de grupo. A melhor impressão foi Henrique Dourado, presente na área e decisivo como Leandro Damião. Marcelo Oliveira ganha duas opções para comandar o ataque, o que é importantíssimo hoje no Futebol brasileiro, quando temos carência para esta posição. Também há um movimento forte nos times para o Futebol brasileiro abandonar os atacantes que jogam fixos. Lição deixada pelo último Mundial. Mas se o 9 tem competência (gols), com certeza, tem de jogar e ser absoluto.


Amanhã (3/3) teremos mais uma rodada da Libertadores, com o Cruzeiro recebendo o Huracan, da Argentina (empatou na estreia com o Mineros). Jogo difícil apenas pela tradição do bom futebol dos hermanos. Não mais do que isso. No Mineirão, o Cruzeiro tem de atropelar. Vem com Willians (volante) no meio e Maike, na lateral direita. Fortalece.  

3 comentários:

  1. O Cruzeiro mostrou que tem boa opções para o ataque. Pena que falta boas opções para o meio. E isso pode fazer falta. Jogar com atacantes no meio nem sempre funciona. Se o time do Tupi fosse um pouco melhor o jogo seria outro. Ou se pelo menos aproveitasse melhor as chances desperdiçadas. O Cruzeiro tem um bom plantel, que pode formar um bom time.

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  2. A verdade Frederico é que o Cruzeiro tinha um talento no meio, Éverton Ribeiro e um definidor, Ricardo Goulart. Agora o Marcelo tenta encontrar este definidor ou rompedor como queiram e pode dar certo, já que o talento lá está. O Arrascaeta é bom jogador e o meio defensivo vai melhorar muito com o Willians. O adversário não chegará tão fácil ao gol.

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