segunda-feira, 27 de abril de 2015

A regularidade da Caldense e a vocação para o sofrimento do Galo

Caldense sai do Mineirão com a vantagem do empate para o segundo jogo da decisão do Mineiro

A manchete do jornal O Tempo - Caldense arranca na frente - sentencia que a decisão do Campeonato Mineiro, depois do empate por 0 a 0, no primeiro jogo, no Mineirão, está em aberto. O segundo jogo será no próximo domingo, às 16h, em Varginha e a vantagem é da Veterana, que joga novamente pelo empate. Se for analisar os números, o retrospecto técnico de ambos, tudo indica que o título caminha para o representante de Poços de Caldas, o que será importantíssimo para o Futebol do interior. Outros vão seguir seguros para fazer um trabalho no interior, acreditando que nas próximas competições podem chegar à fase decisiva. Não é preciso altos investimentos. A Caldense gasta R$ 200 mil mensais com o Futebol e o resultado é este: invicta, sem levar gols nos últimos oito jogos; não perde para os grandes e caso confirme a conquista, vamos poder escrever com toda a convicção: o título em boas mãos. Mas o Futebol reserva ainda uma semana de preparação e ansiedade, especialmente para a Caldense e no domingo tudo poderá acontecer. O Atlético tem plenas condições também de voltar campeão, mesmo seu rival estando hoje numa situação até certo ponto mais confortável. Deu a melhor impressão possível no Mineirão.

Os trunfos do Galo são muitos. O primeiro deles: terá uma semana inteira para se preparar, enquanto na última enfrentou o desgaste da decisão com o Colo Colo (venceu por 2 a 0 e passou para as oitavas de final da Copa Libertadores); tecnicamente é superior e a gente sabe que nestes momentos decisivos, os grandes sobressaem, em cima de outros fatores. O rival inibe; e a pressão econômica sempre favorável àquele que tem maiores poderes, no caso o Atlético; arbitragem e, ainda, mesmo estando jogando o fino da bola, sem uma estrela, a Caldense não tem plenas convicções de que vai repetir a façanha de 2002, quando conquistou também o Campeonato. Outro complicador: não jogará em casa. Mas para quem está melhor preparado, não importa este fator local da partida. É só a bola rolar para provar que é o melhor e não podemos deixar de negar que seu treinador Leo Condé conhece da matéria. Um estudioso e soube aproveitar as características de seus jogadores para formar uma equipe que agrada pela determinação. Não tem muita técnica, mas faz tudo certinho.




Ainda sobre o primeiro jogo, temos de abrir um espaço para Levir Culpi. Criou-se, graças aos resultados, um fenômeno de que o Galo nos momentos decisivos se transforma para melhor, mas ao longo das competições, também há erros que levam para as decisões dramáticas e com sofrimento. Neste domingo (26/4) aconteceu mais uma vez. O Atlético tinha de construir a vantagem e a desperdiçou. O técnico foi um dos grandes culpados. E não foi a primeira vez. O desenrolar do jogo mostrou que ele equivocou-se nas mudanças. Não nos nomes para a segunda etapa, mas principalmente nos que saíram. Guilherme sentiu a coxa e foi substituído no intervalo por Thiago Ribeiro. Correto porque ele buscou uma mudança ofensiva, mas perdeu na criação e a melhor indicação pelas características do jogo era Cárdenas, que não é nenhum fenômeno, mas naquele momento o óbvio.
Depois, insistiu os 90 minutos com Dátolo. Só ele ainda não enxergou que o armador e volante argentino em 2015 não chegou com seu futebol à Cidade do Galo. Os adversários sabem e aproveitam. Fazem os esquemas para ganhar o meio, porque Dátolo não sabe desarmar e fica enganando com a teoria do técnico de que é inteligente e sabe trabalhar a bola nas assistências. Há a esperança de que com ele o time fica mais técnico no meio. Teoria que não existe, porque a bola não chega limpa lá frente. Pergunte ao Pratto quantas bolas ele recebeu para definir o jogo? O Atlético chegou três vezes apenas. Aproveitamento de time pequeno. E queira ou não, Levir Culpi tem de dar a mão a palmatória e dizer: chega Dátolo. A partir de agora, opção apenas para o segundo tempo. Leandro Donizete tem de jogar. Tecnicamente é inferior ao argentino, mas ele ao seu estilo sabe mover o time. E observem como este Dátolo reclama dos companheiros. 

3 comentários:

  1. O nível de futebol apresentado pela Caldense reforça que o Galo depende do brilho de Guilherme. Sem ele é um time comum e absolutamente previsível.

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  2. O Salão de festas ficou com tanto milho que as galinhas não conseguiram dominar os pintinhos de poços de caldas

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  3. Com todo respeito a Radio Itatiaia a qual sou fã, percebi algo que a torcida adversária sempre fala e é verdade a falta de respeito dos narradores e repórteres ao se referirem ao cruzeiro, é obvio que a final é entre Caldense e Galo mas a diferença entre as coberturas entre as principais conquistas Alvinegras dos últimos 5 anos e as cruzeirenses do mesmo período tem sido de mau gosto e tendênciosas não gostei da atitude da Itatiaia assim como Globo em alguns momentos.O imprensa leva pra um lado da zombaria as vitorias do atletico sobre o rival devido ao torcedor inflamado quando deve ocorrer o contrário.

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