quarta-feira, 29 de abril de 2015

O Tigres a caminho das quartas

O brasileiro Rafael Sóbis é um dos responsáveis pela boa campanha do Tigres do México na Libertadores

O Tigres, segundo melhor da fase de Grupos da Copa Libertadores, deu ontem uma ideia exata de sua capacidade, ao fazer  2 a 1 no Universitário de Sucre, na Bolívia. Começou quebrando cabeça, possivelmente enfrentando o fantasma da altitude, o que não é novidade para ele, já que no México também enfrenta cidades acima do nível do mar, o que prejudica muito o esporte de alto nível e favorece os que estão adaptados. Mas depois que entrou no clima do jogo - ou como queiram o espírito de Libertadores - fez mais do que o dever de casa. É importante nesta fase, até as semifinais, fazer o gol como visitante que vale em dobro no desempate, mas conseguiu muito mais, com toda justiça. Na frente tem o brasileiro Rafael Sóbis, com história de campeão na Libertadores com o Internacional e o equatoriano Guerrón, outro campeão, pela LDU. Eles estão jogando bem e fazendo a diferença. Guerrero esteve no Cruzeiro e não aconteceu. Aliás, nem veio.  Foi só ele sair ontem para o Tigres virar e seguir invicto. Vai em frente, porque em casa deve despachar com facilidade os bolivianos.


Apresentei  esta abertura para que vocês tenham a ideia do que o Atlético escapou nas oitavas de final. Como segundo colocado entre os segundos, seria o adversário do Tigres. Inicialmente teria maiores dificuldades contra os mexicanos, no Independência e, em Monterrey, além da longa viagem, enfrentaria um time mais bem estruturado. Só não podemos dizer que é superior tecnicamente,  mas se voltarmos um pouco no tempo, vamos observar que na história recente da Libertadores  não temos boas lembranças quando o Galo pegou times mexicanos. Teve problemas. Não venceu nos quatro últimos confrontos. Empatou por 2 a 2 e 1 a 1 com o Tijuana e perdeu os dois jogos para o Atlas por 1 a 0. Isso não quer dizer que o desafio não será do mesmo nível ou pior diante do Internacional. Pode ser maior, porque são equipes que se conhecem e o segundo jogo será no Beira-Rio, o que não deixa de ser outra dor de cabeça. A verdade é que neste exato momento, mesmo o Atlético, sem Guilherme, não se pode dizer que vai levar. Os dois estão iguais em tudo. Até no quebra cabeça. Para o Inter, a segurança é a decisão em casa. Tirar uma classificação para as quartas em sua casa não é para qualquer um. Seus torcedores estão convictos de que viram o time da Libertadores apenas uma vez. Aquele que fez 4 a 0, na Univerdad de Chile, em Santiago. 


O ex-presidente do Atlético, Alexandre Kalil confirmou no programa Bola da Vez, da ESPN, que deixou de vender Jô por 15 milhões de euros por causa dos 7 a 1 da Seleção Brasileira contra a Alemanha. Hoje não vale nem um milhão. Não é a primeira vez que isso acontece com o Atlético. No final dos Anos 90, chegou à proposta de mais de US$ 15 milhões por Guilherme, aquele que fazia dupla com Marques, e o clube recusou, acreditando que o atacante seria mais valorizado. Depois o negociou por US$ 4 milhões. Ou nem isso. Os valores são sempre guardados. Outra revelação do ex-presidente: “Demorei a ver que jogador derruba treinador”. E como.


Cruzeiro


Apostei neste espaço na contratação de um estrangeiro. Cheguei a citar Montillo. O Cruzeiro conversou com o mundo, mas quem está mais próximo é o Lucas Lima, do Santos. Não 100%. As barreiras são muitas. Ler dinheiro. Esta questão do jogador estar envolvido nas finais do Paulista não será capaz de impedir a negociação, porque em 24 horas o clube resolve tudo e a lista das oitavas de final tem de ser apresentada até as 18h de segunda feira. O Peixe quer aproveitar e seu produto chegar a Toca como caviar.

Um comentário:

  1. Pode até não emplacar, mas Lucas Lima se encaixaria no Cruzeiro mesmo

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