sexta-feira, 17 de abril de 2015

Não fiquem esperando milagres

O Boca é o único time com 100 % de aproveitamento na Libertadores

O empate do Corinthians por 0 a 0 com o San Lorenzo – o time argentino, mesmo campeão da última Libertadores não é lá estas coisas – deixa claro que não temos um participante na competição para podermos afirmar que aí está o campeão. Com um futebol que preenche todas as expectativas; que evolui naturalmente durante os jogos, fazendo com que tudo se torne fácil; com um técnico estrategista, que conhece tudo de bola e, ainda, jogadores diferenciados. Não existem milagres no Futebol. O Corinthians impressionou apenas pelo trabalho desenvolvido por Tite, motivado também pelo fato de quando caiu, em 2013, era muito criticado e considerado por alguns como ultrapassado; a arrancada inicial na Libertadores, nota dez em praticamente todos os requisitos nas jornadas diante do Once Caldas e, ainda, pela atmosfera criada: Elias, Emerson Sheik, Guerrero, a torcida e por uma carência paulista. Nosso principal Estado não permite ficar em plano inferior em absolutamente nada. Pior ainda, no Futebol. E estava, pelos dois títulos seguidos alcançadas pelo Cruzeiro no Brasileiro. Do Atlético, em 2013, na Libertadores e ainda dos argentinos, em 2014, quando São Paulo não conseguiu sequer um representante. Participaram Botafogo e Flamengo; do Rio; Atlético e Cruzeiro e, ainda, o  Grêmio. Era muita humilhação.



O máximo que se pode dizer que o Corinthians é o melhor do Brasil na Libertadores. E não venham encantar o Internacional por ter feito 4 a 0, no Universidad de Chile, como visitante – foi apenas uma noite firme de Nilmar, que no exagero já está sendo chamado de Mágico pelos dois gols;  ainda temos que destacar o São Paulo pela vitória por 2 a 1, diante do Danúbio, no Uruguai. Nesta conjuntura de exaltações, nem precisamos encaixar Cruzeiro e Atlético porque eles decepcionaram na última rodada da Libertadores. O Cruzeiro caiu por 3 a 1 para o Huracán e o Atlético, por 1 a 0, diante do Atlas. A atmosfera mineira, no momento, está em baixa. Para aqueles que usam os mais variados adjetivos para retratar o Futebol, jogando para cima, especialmente os detentores dos direitos das transmissões pela TV, que tem a necessidade de exaltar os eventos, um recado simples: cuidado. E aquele velho recado da Vovó: gato escaldado tem medo de água fria. Vamos com cautela minha gente. O grande time do momento é o Boca Juniors, único com 100% de aproveitamento. Mas não tem aqueles talentos para apontarmos que é o novo show da América. E vejam bem, tem tradição. E se levar o caneco será a sua sétima conquista.



Mais um Cruzeiro x Atlético

Não se pode antecipar nada em relação de favoritismo para  Cruzeiro x Atlético pelas semifinais do Campeonato Mineiro. Ambos estão cansados e confusos depois das derrotas na Libertadores. Ainda não jogaram em  2015 um futebol para demonstrar equilíbrio. Estão marcados pela irregularidade e muitas críticas. O primeiro primeiro jogo decisivo no Independência (1 a 1) foi com um nível técnico baixo.  Não que estamos prevendo agora um clássico do medo. Mas  ambos não vão abrir as portas. O jogo será mais defensivo, com esta palavra que marca todos os duelos decisivos: pegadas. Triste para o Futebol, que no passado, vivia do talento.

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