sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Dario, o amigo de Joaquim Barbosa, requebra e requebra



Dario Gouvea Damasceno, Dario Alegria conhecido no Futebol também como o Leopardo das Alterosas, hoje vive em Paracatu(MG), onde nasceu. É presidente do Instituto de Defesa da Cultura Negra Afro-descentente da sua cidade. Está com 70 anos e começou a carreira jogando pelo CEUB, de Brasília. Era um atacante com presença de área e estilo. Em seguida foi para o América (MG), jogando ao lado de Jair Bala e formando a melhor dupla de frente do Coelho em toda a sua história. Esteve no Palmeiras, nos anos 60, e numa tarde, fez três gols na goleada por 5 a 1 sobre o Santos, em 1965. Vestiu ainda a camisa do Fluminense, Flamengo, Monterrey (México), Botafogo de Ribeirão Preto (SP), Caldense (Poços de Caldas), Vila Nova (MG) e Olaria. Rodou muito, já que em sua época os bons jogadores passavam no máximo por três clubes. Jogou na Seleção Mineira e, em 1965, na inauguração do Mineirão, pelo Palmeiras, que representou a Seleção Brasileira, na vitória por 3 a 0 sobre o Uruguai. Os gols foram de Servílio, Tupanzinho e Germano. 
Na infância conheceu o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, que presidiu a corte de 2012 a 2014. Há uma diferença de dez anos  de idade entre eles, mas o Ministro teve Dario como um ídolo do esporte em sua infância em Paracatu. Tanto que em sua posse na Presidência do Supremo fez questão de sua presença, como um dos amigos prediletos. 
O apelido Dario Alegria foi para diferenciar do outro atacante mineiro na época, Dario Peito de Aço, o Dadá, do Atlético, depois tricampeão mundial em 1970 no México e hoje comentarista da TV Alterosa. E encaixou perfeitamente em Dario, já que ele era uma alegria. Fora de campo, pela irreverência com os companheiros. E dentro, porque tratava a bola com carinho, realmente alegria. Fez gols espetaculares. Um dos fatos marcantes da carreira foi logo no início, jogando pelo CEUB e tendo como técnico João Avelino, o 71, outra figura folclórica do Futebol. Sempre comandava as rodas de bate papo, mesmo com apenas jogadores. Dirigindo o time de Brasília, Avelino passou quase que todo o primeiro tempo, gritando à beira do gramado com Dario. Recomendava: “Mexe,Mexe”. E completava:”Se não mexer não vai ganhar uma”. Insistiu tanto, que em um certo momento, Dario não aguentou. Foi próximo ao banco e passou requebrando, requebrandro. Avelino ficou bravo e deu à bronca: “O que é isso moloque?". O atacante não hesitou: “Você não pediu para mexer. Estou mexendo”.




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