Conhecida por suas obras do barroco mineiro, pelas festas tradicionais, há 50 anos Sabará vivia um momento histórico, com a conquista do Campeonato Mineiro pelo Siderúrgica, na era dos velhos estádios – Independência, JK (Cruzeiro), Lourdes (Atlético), Alameda (América) e por que não também a famosa Praia do Ô, seu estádio a beira do córrego, onde foram jogados alguns árbitros que tiveram ousadia de prejudicar o Esquadrão de Aço em seu terreiro. Quem viveu o 13 de dezembro de 1964, jamais vai esquecer do momento em que a delegação retornou a cidade, depois da vitória por 3 a 1 sobre o América, na Alameda, que garantiu o título. Simplesmente parou para exaltar os seus heróis. Silvrestre, Ernani e Aldeir fizeram os gols contra o América, enquanto Jair Bala fez do Coelho.
A partir de 1965, o Futebol mineiro mudou de endereço: estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, batizado como o Gigante da Pampulha. As novas gerações não podem imaginar o que representou aquela conquista para um time do interior. Teve de derrubar o que podemos chamar de potências – Atlético, América e Cruzeiro, todos com boas equipes, melhor estrutura financeira, mas o técnico Yustrich soube armar um grupo vencedor, com jogadores que não estavam sendo aproveitados em Minas, outros vindos do Rio de Janeiro, como Tião e Djair. O torcedor acompanhou vários espetáculos de uma equipe que dava gosto de ver em ação. Alguns ainda estão vivos: Djair ( goleiro titular); Édson ( volante), Noventa (ponta de lança titular, que vive nos EUA, era craque ); Silvestre (atacante titular, mora em Itabirito) Bajoso (goleiro reserva ); Bosco (lateral reserva ); Guará (ponta de lança reserva ) e Aldeir (atacante reserva), que mora no bairro Caiçara, em Belo Horizonte.
O Siderúrgica foi o primeiro clube mineiro a disputar uma competição oficial no recém inaugurado Mineirão, também como o atual campeão estadual. Chegou a decisão da Chave Centro Sul, da Taça Brasil, diante do Grêmio, depois de eliminar o Atlético/GO. Tinha como presidente Manoel Édson de Oliveira e jamais o torcedor da época vai esquecer de que seu técnico era Yustrich, auxiliado por Zezinho Miguel. A conquista representou muito para a cidade e também para o Futebol mineiro. O Siderúrgica obrigou os concorrentes a investir para que recuperassem o título. Em 1965, deu Cruzeiro, o primeiro campeão na Era Mineirão. O esquadrão de Aço cedeu jogadores para a Seleção Mineira que venceu o River Plate, por 1 a 0, na partida inaugural do Mineirão. Lá estavam Dawson(Laviola),Édson,Noventa,Silvestre e Tião(Cavadinha).
Seu último momento oficial no Futebol foi 8 de dezembro de 1966, quando venceu o Renascença por 2 a 1, no Barro Preto, pelo Campeonato Mineiro. Deixou saudades e que saudade.
Milton Neves deve estar se roendo todo.
ResponderExcluirParabens Melane por resgatar momentos inesquecíveis. Frequentei Barro Preto, Loudes e até sabará com o Atlético a assisti jogos memoráveis.
ResponderExcluirQue fim levou Milton Neves? Com certeza não possui este acervo de fotos e riqueza de detalhes de um tempo que não volta mais
ResponderExcluirpai o texto esta esplendido
ResponderExcluirBoa noite amigo, sou o presidente atual do Esporte Clube Siderúrgica, estamos fazendo um trabalho de reorganização da entidade e breve teremos boas novidades com relação ao time profissional de futebol!
ResponderExcluirBoa noite amigo, sou o presidente atual do Esporte Clube Siderúrgica, estamos fazendo um trabalho de reorganização da entidade e breve teremos boas novidades com relação ao time profissional de futebol!
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