Esse Cuca não tem nada de bobo: quer Tardelli

O técnico Cuca durante mais de uma década era visto como um dos maiores azarões do Futebol brasileiro. Chegava as finalíssimas e perdia. De repente mudou a sua história. Foi campeão da Copa Libertadores 2013 pelo Atlético, armando um time respeitado em todo o País e voou para a China para dar sequência a carreira agora de conquistas, mas sem exigir tanto desgaste. Usa a sabedoria de outros vencedores. Em seu time jogam os melhores, escolhidos a dedo. Há menos de um mês conquistou o seu primeiro título no Futebol chinês. Em Nanjing, no Estádio Olímpico, seu Shandong Luneng perdeu para o Jiangsu Sainty por 2 a 1, mas levou a Copa, em partida repleta de emoções. Como havia vencido a primeira partida por 4 a 2, com quatro gols brasileiros (três de Vagner Love e um de Júnior Urso), o Shandong poderia perder por um gol de diferença na segunda decisão. No entanto, o Jiangsu Sainty abriu 2 a 0 e estava levando a decisão para a prorrogação. Aos 50 minutos do segundo tempo, o zagueiro australiano Ryan McGowan marcou e deu o título ao Shandong.

Além do técnico Cuca, o Shandong Luneng conta com os brasileiros Vágner Love, Aloísio “Boi Bandido” e Júnior Urso. O argentino Montillo, com passagens por Cruzeiro e Santos, também defende o clube chinês. Foi jogador de Cuca no Cruzeiro. Agora, para reforçar sua Comissão Técnica, o treinador está levando Carlinhos Neves, que trabalhou com ele no Atlético. Quando recebeu o convite há um ano do Shandong, prometeu ao profissional que o levaria, mas só agora conseguiu o seu objetivo. Mas quer mais. Sua jogada de mestre, no momento, vejam só: Diego Tardelli. Ele desejava seu ex-comandado no  ataque chinês, ao lado de Love. A proposta já foi feita e como são muitos milhões, Tardelli está disposto a aceitar a oferta. Sabe que vai definitivamente garantir a sua vida financeiramente. O perigo é a China fechar as suas portas na Seleção Brasileira, como um esquecido. Depois do Mundial em Marrocos, conversei com Conca, que estava regressando para Buenos Aires e ele disse que depois que decidiu trocar o Fluminense pelo Guangzhou Evergrande suas chances na Seleção da Argentina foram reduzidas a zero. Confessou: “Sabia que não teria mais chance de disputar o Mundial no Brasil”.

Tardelli só não deu a resposta em definitivo, por uma questão do coração: o seu Galo. Como atleticano gostaria de disputar a Copa Libertadores do próximo ano e ter a chance de ajudar o time na caminhada por mais um título para sacramentar o Galo como um dos gigantes. E ele abrir ainda mais o coração da massa atleticana, que tanto o admira como ídolo. Os valores oferecidos pelos chineses ao Atlético são irrecusáveis. Algo superior a 15 milhões de euros. A família de Tardelli decidiu: China. Já o jogador, quer mais alguns dias para definir. A massa sabe o que desejava. Que o seu coração fale mais alto. Fique.

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