Libertadores não é mamão com açúcar

Mesmo que a edição 2015 da Copa Libertadores não contasse com os cinco melhores da atualidade do Futebol brasileiro, todos campeões desta competição; mais os tradicionais campeões de outros países, especialmente os argentinos, não poderia ser apontada como uma disputa tranquila para os pretendentes ao título. Em qualquer das circunstâncias é uma disputa acirrada, porque o espírito Libertadores abaixa e os times se transformam. Não tanto os brasileiros, com 17 títulos, mas para os argentinos que já comemoram 23 vezes... Depois aparecem Uruguai com oito; Paraguai, com três; Colômbia, com dois; Chile e Equador, com um. Jamais alcançaram o primeiro lugar Peru, México, Bolívia e Venezuela.

Interessante a forma aguerrida que paraguaios, uruguaios e principalmente argentinos entram nesta disputa. Dá gosto de ver quando seus jogadores colocam a alma em jogo. Feio apenas quando praticam o jogo desleal. A competição cresceu tanto que em alguns países, como Bolívia e Peru, antes meros participantes, agora fazem história. Vejam que no ano passado o Bolívar eliminou o Flamengo na fase de grupos e depois chegou as semifinais, caindo diante do campeão San Lorenzo. Claro que contou com o reforço da altitude de La Paz, mas surpreendeu também jogando como visitante. A verdade nua e crua. Os times se transformam, especialmente os medianos.

Depois do sorteio realizado ontem, em Assunção, com a definição de grupos, hoje o torcedor fala das vantagens e dificuldades que os brasileiros terão a partir de fevereiro do próximo ano.  O Grupo  do São Paulo, vice-campeão brasileiro é o mais difícil. Terá o atual campeão San Lorenzo (ARG) e o bravo Danubio (URU). Ainda um arquirrival para os Tricolores, Corinthians ou Internacional. A definição será sábado, ambos com 66 pontos, com os gaúchos em vantagem nos critérios de desempate. Se o Inter vencer, vai para o Grupo 4, deixando o Corinthians com San Lorenzo, Danubio e São Paulo.

Entre os brasileiros, teoricamente o grupo do Cruzeiro é o mais fácil, porém terá pela frente a temida altitude de Sucre, de 2.810 metros para enfrentar o Universitário, além da longa viagem até a Bolívia. Enfrentará ainda o  Mineros, da Venezuela e o vencedor entre Peru 3 (Alianza Lima ou Melgar e Huracan-ARG). Não assustam. Já o Atlético terá de superar as desgastantes viagens para Colômbia e México, além de encarar o Colo-Colo, clube chileno que tem a honra de ter dado a única vitória para seu País, em 1991. O Chile cresceu muito tecnicamente. Vocês viram bem no Mundial. Portanto não será fácil. Dura caminhada para ambos, mas podendo obter bons resultados e chegando a mais uma final. Está claro que os dois representantes de Minas, mesmo num bom momento, precisam de ajustes e porque não, mudanças, com reforços pontuais. Não podem é ficar de braços cruzados esperando que as coisas aconteçam.   

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