Fim do casamento Unimed e Fluminense

Diego Cavalieri, que fez grandes defesas no último jogo do Brasileiro contra o campeão Cruzeiro, deverá ser uma das perdas do Fluminense com o fim do contrato com a Unimed

Há dois anos, vieram os primeiros sinais de que a relação Fluminense - Unimed já não era a mesma dos tempos dourados. Na linguagem bem popular, podemos escrever que eles dormiam em quartos separados, esperando, para a qualquer momento, o fim de uma das relações mais vitoriosas do Futebol brasileiro. Foi iniciada em 1998, graças a visão do tricolor e pediatra Celso Barros, presidente da Unimed-Rio. O espaço que a empresa conquistou na mídia não tem nada comparável. E, dentro de campo, o Fluminense colheu seus frutos,com os títulos da Copa do Brasil, dois Brasileiros, um vice da Copa Libertadores e presente na disputa continental por quatro anos. Faltou o título da Libertadores para coroar o casamento perfeito. Agora, corre o perigo de enfrentar as dificuldades de vários clubes do Futebol brasileiro, depois da perda do patrocínio, como o Palmeiras, depois que foi embora a Parmalat; o Flamengo, sem a Petrobras e outros patrocinadores que apareciam até mais do que o próprio nome do clube. Nos outros esportes, Vôlei (lembram do Fiat-Minas, Bradesco, Pirelli e outros), Atletismo e Basquete as marcas ficam ainda mais fortes. Aqui em Belo Horizonte muitos destacam o Sada. Outros, Cruzeiro. É outra parceria com resultados espetaculares.

Nos últimos dias, falou-se muito que a Unimed Rio poderia continuar no Fluminense. O G1 distribuiu esta notícia: “O presidente do Fluminense, Peter Siemsen, e o empresário Celso Barros, presidente da principal patrocinadora do Clube, vão se reunir no fim de semana para tratar da renovação de contrato da parceria, que chega ao fim em 2015. Representantes das duas partes já chegaram a um acordo e o encontro será uma mera formalidade e servirá apenas para a assinatura do vínculo. Assim, o anúncio de que a Unimed permanecerá estampado a sua marca no Tricolor vai ficar para segunda ou terça da próxima semana. Se renovar o patrocínio, o Fluminense vai encontrar uma redução no valor do investimento. Isso porque a patrocinadora informou que não vai contratar mais nenhum jogador e nem renovar contratos daqueles que recebem via empresa e que o vínculo chega ao fim em dezembro. Além disso, se atletas com contrato em vigor saírem do Clube no meio do ano, não haverá reposição. O valor da parceria gira em torno de R$ 40 milhões, só que o Fluminense praticamente não ganha esta quantia porque a mesma é utilizada diretamente para pagar os salários dos jogadores”.

Agora, a Unimed decidiu. É oficial. O patrocínio não será renovado. Nem o contrato dos dez jogadores, entre eles, Conca, Fred, Diego Cavalieri. O Tricolor tenta salvar e garantir suas estrelas. Naturalmente, são nomes que estarão à disposição no mercado. Conca seria uma boa para o Cruzeiro e também o Atlético. Ou qualquer outra grande clube do Futebol brasileiro. O Cruzeiro quer Fred para o lugar de Borges. O Fluminense terá outros patrocinadores, mas perde sua galinha dos ovos de ouro. O Futebol carioca fica ainda mais enfraquecido.

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