sábado, 21 de fevereiro de 2015

Júnior e a surpresa indesejável



                   
            Júnior, um dos maiores ídolos da história do Flamengo

A transição da base para o profissional é um desafio.  São muitas as promessas que ficam no meio do caminho.  Meninos espetaculares e de repente desaparecem sem maiores explicações. A verdade é que eles precisam mostrar não só capacidade técnica nos treinamentos para ganhar a confiança dos técnicos, mas habilidade para conviver com os novos companheiros, muitos de carteirinha carimbada nos clubes e que não abrem as portas para os mais jovens. Usam brincadeiras para determinar quem manda nos espaços, muitas delas com malícia para que os novos saibam que há um longo caminho a ser percorrido até que possam se sentir seguros em suas novas cadeiras.

Não é por acaso, que Romário, no Flamengo, um dia ao ver um jovem sentado no banco da frente do ônibus, na janela, não hesitou: “Cara, você nem tirou a fralda e já quer a janela. Pode ir para o fundo”. Isso para que vocês entendam como são as leis para os recém-promovidos.  Não podem usar os banheiros das estrelas nos vestiários, toalhas, etc. Quando alguém observa algum privilégio para o mais jovem, normalmente dá o grito: “Garoto, você tem ainda muita estrada para percorrer. Vai devagar”. Nem tanto a estrada percorrida pelo falecido Juca Show, jogando pelos times do interior, especialmente do Triângulo Mineiro, até chegar ao América-MG: “Dei mais de dez voltas ao mundo viajando de ônibus pelos times que joguei”.

Até os Anos 90, quando se formava uma boa base, quase que um time inteiro era promovido e naturalmente aquela “panela” da base tentava seguir entre os profissionais.  Observava bem o ambiente, para depois se expor. Paulo Nunes conta que sua geração no Flamengo (final dos Anos 80) foi privilegiada. Além dele, Djalminha, Marcelinho Carioca, Rogério, Nélio, Júnior Baiano e outras cobras criadas. E entre os profissionais, estava Júnior, hoje comentarista da Sportv, que mandava no Flamengo. Seu status era de presidente, já no final de carreira. Ele cumpria um ritual depois dos treinamentos na Gávea. Recebia a toalha do roupeiro e caminhava para a sauna.  Com sol ou chuva, lá estava ele para o seu relax  de até 90 minutos de sauna. Saia de lá rejuvenescido e poderoso pelo caminhar. Então, o grupo jovem preparou uma para ele. Paulo Nunes diz que não pode revelar até hoje o autor, preferindo dizer que foi uma atitude de todos. Pegaram uma pequena latinha com fezes e urina e a colocaram no cantinho da sauna.  Quando ela atingiu a temperatura máxima, o "perfume" tomou conta do ambiente e Júnior saiu de lá enfurecido, com a jovem guarda de cadeira assistindo a cena.  Ficou lá a assinatura de uma nova geração do Mengo. E que geração.


A falta de ética para alguns funcionários do Galo
O ambiente não poderia estar melhor no Atlético. É o que dizem funcionários, atletas, pessoas que atendem os jogadores; membros da comissão técnica etc. Levir Culpi muito elogiado. Falam que ele voltou do Japão, com a sabedoria oriental para comandar, sensível e objetivo nas decisões. A critica é para alguns funcionários, ligados ao futebol, não estão cuidando de suas atividades, optando por atender os jogadores em negócios particulares e recebendo pelo serviço. Fiquem atentos, Carlos Alberto Isidoro, supervisor e Chiquinho, administrador.

Um comentário:

  1. No mundo corporativo não é diferente. No futebol é pior pois rola muita grana

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