Começa a decisão histórica

Os primeiros 90 minutos da decisão da Copa do Brasil acontecem hoje, numa situação excepcional para o torcedor mineiro. Afinal, Atlético e Cruzeiro estão em alta na bola e disputam o título com todas as credenciais. Méritos para ambos e com um futebol que se não é um primor, é o melhor jogado no País. Nossos concorrentes – cariocas, paulistas, gaúchos gostariam de estar vivendo este momento. Privilégio histórico, antes da competição, apenas para os rivais Vasco e Flamengo que decidiram em 2006, com vitória do Rubro Negro. Há o respeito. As lições foram muitas ao longo da história e tudo caminha para que dentro de campo realmente tenhamos uma decisão digna da grandeza do Futebol.

Não será um espetáculo de arte. Muito menos, uma aula de futebol de A ou de B. Teremos sim, jogos de muita marcação, com a luz desta quarta-feira e do dia 26 indicando que aquele que apresentar uma maior determinação e souber aproveitar os espaços – erros acontecerão diante da pressão – leva o título.  Que se encaminhe com as mãos da justiça, sem nenhuma participação de terceiros. É o que pede o Futebol.  Que seja determinada a fórmula vencedora dos êxitos alcançados na caminhada a partir das oitavas de final, já que ambos entraram na disputa apenas a partir desta etapa, ao lado das outras quatro equipes, que participaram  este ano da Copa Libertadores.

Dediquei dois parágrafos ao Futebol, quando na realidade, deveria estar escrevendo sobre o que rolou fora de campo – os abusivos preços dos ingressos; a não indicação do Mineirão para os dois espetáculos,  o que deveria ser um ato de sabedoria de nossos dirigentes, com participação da Minas Arena, que não pode ficar apenas para cofres abertos esperando a sua parte e, ainda, a questão dos dez por centos dos torcedores ou torcida única. Se evoluímos nas quatro linhas, fora regredimos.  Não é culpa dos atuais dirigentes. Nem do poder público. É de uma cultura egoísta e provinciana. E vejam que o esporte é uma das fórmulas usadas para unirmos os povos, mas nos atos demonstramos que estamos ainda na era do dente por dente e olho por olho. Um pensamento arcaico.