quarta-feira, 18 de junho de 2014

A queda do primeiro gigante


O Futebol prega cada dia uma peça na gente. Lembro que em 1994 não apostava no Brasil no Mundial disputado nos Estados Unidos. Estava certo de que seria eliminado pela Holanda e inclusive fiz uma coluna destacando que nossa Seleção, na véspera, já era um defunto, totalmente abatida. Até exagerei. Disse que o velório já havia começado e dia do jogo estava reservado para o enterro, sem direito a ressureição. Deu Brasil, 3 a 2, com aquele golaço de falta, de Branco. Pouco depois, o Brasil estava comemorando o tetra, com a vitória sobre a Itália, nos pênaltis. Agora apostava na Espanha como um dos finalistas e os espanhóis estão arrumando as malas para voltar para casa, um dos maiores vexames do Futebol. Marcou apenas um gol em dois jogos e levou sete. No momento, sua reação só poderia ser uma, depois de um longo período de domínio: iniciar imediatamente uma renovação para que dentro de quatro anos esteja vivendo um tempo de felicidade.

A Espanha insiste nos toques, mas os adversários, com uma boa condição física e velocidade para ocupação dos setores, consegue neutralizá-la, a ponto de não ter oferecido maiores preocupações para o Chile, o vencedor, por 2 a 0. Meus amigos, o Futebol está tendo a maior mudança dos últimos tempos. Vejam bem, o México assusta o Brasil em casa (empate por 0 a 0, jogo que poderia ter vencido), o que era inconcebível há algum tempo e o Chile consegue eliminar a Espanha em um Mundial. São outros tempos. É bom ter cuidado nas análises para não cair do cavalo. O Chile cresceu muito. Até mais do que o México e está se sentindo em casa. Caminha para ser a grande surpresa da Copa por sua aplicação e o apoio de sua massa torcedora.

A queda espanholada pode ter sido anunciada há algum tempo e a gente faz de conta que não está vendo. Desde que levou aqueles 3 a 0 do Brasil, na final da Copa das Confederações, não impressionou mais. Tudo foi uma normalidade. Aí que mora o perigo. A imprensa aceitou tudo  e a Seleção chegou ao Brasil com cara de que não queria nada. Frieza total. Apenas tinha o passado para acreditar em algo. Um futebol que encantava, baseado na força de três times que estão na ponta mundial: Atlético de Madrid, Real Madrid e Barcelona. Mas isso pouco importa hoje no mundo da bola. Uma aplicação mostra o quanto é frágil a linha que nos leva a glória. Um simples toque é está cortada. Pior, leva o Futebol para o fundo do poço. Os espanhóis, com razão, estão envergonhados. Vão enfrentar ainda a Austrália, jogo de dois eliminados. Quem diria?!, Preparem, porque tem mais.  





Nenhum comentário:

Postar um comentário