quarta-feira, 18 de junho de 2014

Brasil, por que nos falta a eficiência?


O Mundial já está na segunda rodada, aberta com o empate do Brasil por 0 a 0 diante do México. Algumas conclusões estão bem postas. Basta uma análise simples para definirmos que Alemanha, Holanda, Itália e Argentina foram as Seleções que mostraram o melhor futebol. Mesmo que os torcedores argentinos não estejam satisfeitos, mas em alguns momentos, nos 2 a 1 sobre a Bósnia, a equipe apresentou a engrenagem necessária para continuar subindo. Há críticas, inclusive de Maradona, este sempre polêmico. Seu reinado será eterno, mas ele não quer ameaças. Diz que Messi não está numa boa condição física. Mas o craque terá de jogar tudo é a partir das oitavas de final, como o próprio Maradona fazia.

A Alemanha é um todo; a Holanda tem eficiência e alegria para jogar; a Itália, acima de tudo, uma tradição e jogadores experientes. Agora é saber se os italianos vão manter o ritmo. Será necessário também o crescimento. Chega um momento em que não se pode errar. E o Brasil ? Há um peso muito grande na cabeça dos jogadores pelo fato da competição ser no Brasil e a taça ter de ficar aqui. Emocionalmente não estamos preparados para esta carga tão pesada.  

Jogar pela Seleção b=Brasileira já é uma pressão. O coração bate forte quando se ouve o nome na convocação. Muitos são craques em clubes, animais ferozes, diferenciados e na Seleção se tornam gatinhos mansos. Depois há a questão da disputa para um Mundial. Não é um simples amistoso ou a luta nas Eliminatórias por uma vaga. Agora é um título Mundial em jogo. E para encerrar, além de não termos mais um futebol de primeira, este Mundial é no Brasil. Haja estrutura emocional para aguentar tanta pressão.

Tricampeão

O tricampeão mundial de Fórmula-1, Nélson Piquet, contestado por muitos, mas autêntico em seus esclarecimentos, um dia bem descontraído, depois dos treinos em Hockenheimring, na Alemanha, o perguntei: Nélson, como é isso de ser três vezes o melhor do mundo? Foi firme: “Primeiro você tem de estar preparado. Tem de ter sabedoria, ensinar, explicar, contestar o que observa errado. Segundo, pilotar. Ter consciência e confiança no que está fazendo. E o mais importante, o emocional. Um piloto não pode chorar na reta final, quando segue na última reta para receber a bandeirada da vitória. Muito menos no pódio. Se chorar é um bundão. Não estava preparado para vencer”.





2 comentários:

  1. Vejo as seleções preparadas para esta Copa. Infelizmente não podemos escrever o mesmo do Brasil. E não há como mudar este panorama, é jogar com a torcida e nada mais. Equipes que seriam coadjuvantes como Chile, apresentam um futebol eficiente, não bonito, mas que busca o resultado necessário. Até a Holanda que venceu com maestria na primeira rodada, passou sufoco com a Austrália, que apresenta uma evolução em seu futebol. O futebol é necessário estar preparado e a nossa seleção possui a pátria na ponta da língua e não na chuteira.

    ResponderExcluir
  2. Não acredito nestas seleções emergentes. Apenas nos gigantes

    ResponderExcluir