Copa do Brasil - Encontro de gigantes

A Copa do Brasil caminha para a reta final, com o desafio para quatro gigantes do Futebol brasileiro na disputa do título: Flamengo, Atlético, Cruzeiro e Santos. Entre eles, apenas o Atlético não foi campeão e o Cruzeiro é o maior vencedor, com quatro conquistas. Fica evidente, mais uma vez, o poderio do Futebol mineiro com seus dois principais representantes, enquanto o futebol carioca conseguiu apenas um e o paulista o outro. São equipes que vivem um bom momento. O Flamengo muito contestado por ter passeado na zona do rebaixamento no começo do Brasileiro e conseguiu reerguer dentro de campo depois da chegada de Vanderlei Luxemburgo. Está com moral.  É o último campeão e já ano passado, não era apontado como o favorito. Contudo venceu com méritos. O erro não foi ter investido para a disputa da Copa Libertadores e nem para a temporada, também por falta de recursos. Buscou jogadores que não acrescentam muito hoje, como Elano, que depois foi dispensado. Relativamente deu certo apenas Alecsandro. Não esqueçam que este ano o Flamengo tem sido o fantasma para o Atlético e o Cruzeiro. Já ganhou dos dois no Brasileiro.

Cruzeiro e Atlético mantiveram a base do ano passado e são os mais fortes candidatos, apesar de serem vistos fora de Minas, com desconfiança. O Cruzeiro por estar em queda no Brasileiro e o Atlético devido sua irregularidade. Fora de casa não transmite confiança e sem uma boa sequência.  A campanha em 2014 é marcada pelos quatro resultados positivos alcançados recentemente, graças ao seu poder no Independência e a vitória no clássico (3 a 2); o fato da defesa ter ficado cinco jogos sem levar gols – prova da segurança e, ainda, a histórica classificação diante do Corinthians. Até agora os paulistas estão engasgados. Melhor: os corinthianos, porque os demais (santistas, são-paulinos, palmeirenses etc)  estão deliberando. Lá teve muito foguete. Para fechar a análise sobre os mineiros, o Cruzeiro tem tudo para voltar a jogar em grande estilo, quando Marcelo Oliveira poder escalar Ricardo Goulart, Éverton Ribeiro e os demais num nível técnico físico melhor. Sem tanto desgaste para que possam produzir o mesmo futebol rápido nos contra-ataques da primeira fase do Brasileiro.  A engrenagem depende muito das pernas. Não só da mente. Há o desejo, mas ele depende da preparação para se atingir o alvo. Time cansado não joga.

O Santos, depois do show de 5 a 0 sobre o Botafogo, é o novo encanto dos paulistas, graças ao trabalho de Enderson Moreira e a chegada de Robinho. Há uma nova atmosfera na Vila Belmiro. Agora só não podem garantir que voltarão os  espetáculos do Peixe, em sua casa, como nos tempos de Pelé. Aí é muito exagero.

Daqui a pouco teremos o sorteio das datas, horários e locais dos jogos. Vamos ver se finalmente, o Flamengo vai disputar o primeiro em casa. O sorteio sempre o beneficia. Será apenas sorte?