Respeitem o Dunga

Quatro jogos, quatro vitórias e de certa forma uma boa impressão. Assim é o recomeço de Dunga na Seleção Brasileira. O mais rejeitado dos treinadores consegue impor seu estilo a Seleção Brasileira e caminha para sepultar aquele futebol sem objetividade do Mundial. Claro que muito em função de estarmos vivendo um novo tempo, com alguns jogadores como Tardelli, Miranda, Éverton  Ribeiro, Jefferson, Kaká etc tentando  um novo espaço. Alguns a consolidação. Outros, recuperar o que estava condenado pela idade e o futebol apresentado até então.

Há  duas certezas:  as mudanças tão esperadas estão longe de serem atingidas. O que está acontecendo é apenas um sentimento de estarmos, dentro de campo, tentando uma afirmação para um novo tempo  e, ainda, para fazer a diferença, o futebol de Neymar. Viram o show dele hoje diante do Japão?  É o seguinte: ele  fez tudo ficar fácil para o Brasil e coroar o momento como eficiente. Agora, se tropeça na bola, se tem problemas, como no Mundial... Claro que alguns vão dizer que se ele estivesse no campo contra a Alemanha não levaríamos aquele baile, mas a verdade e que se uma peça chave funciona,  consegue fazer com que o coletivo seja eficiente. A gente vê tudo dando certo. Fiquem atentos, porque pode ser uma falsa ilusão. No coletivo, o futebol brasileiro precisa evoluir muito. A qualidade de nossos jogadores será fundamental.

Além de Neymar, podemos destacar Tardelli, um jogador moderno e que sabe perfeitamente preencher um espaço ofensivo, sem a necessidade de termos um camisa nove fixo na área. É desta forma que se atinge o ideal. Acertando ofensivamente, abre-se o caminho para o gol. Depois, precisamos que os homens de meio campo tenham capacidade de dar uma assistência constante, municiando com muitas bolas quem está mais a frente e o setor defensivo também evoluir. A presença de Miranda tem sido muito boa. É um zagueiro que tem muito a acrescentar.

Enfim, o melhor de tudo é que as perspectivas são boas. E com Dunga. Ele tem de ser respeitado.