quarta-feira, 1 de outubro de 2014

E os atos para recuperarmos nosso Futebol?


A Copa se foi. Deixou um legado que nos envergonha pela qualidade que apresentamos. Aliás, há mais de 20 anos sabíamos que perdemos nossa genialidade, o toque de bola refinado, a ginga insuperável, a arte de jogar como ninguém. Éramos os reis do Futebol. Vamos entrar no terceiro mês daquela humilhante decepção e nada foi feito. Para nos humilhar ainda somos obrigados a ver PSG x Barcelona pela Liga dos Campeões. Um show de bola, com vitória dos franceses por 3 a 2. A bola fica nos pés dos jogadores e segue com eficiência. Há inteligência no jogo. Que espetáculo. A geração de hoje não sabe que no passado nos tínhamos capacidade para produzir muito mais. Agora, é um toque para lá, outro para cá, marcação e covardia. Um com medo do outro. Apenas nas duas últimas rodadas do Brasileiro é que os times jogaram um pouco a frente, mas sem aquela qualidade para aplaudirmos pela admiração.

De novo, apenas Dunga no comando. Aliás, voltar ao passado recente que não acrescenta nada. Pelo contrário, tira um pouco a nossa certeza de que vamos jogar contra os grandes e não sermos humilhados. Depois do Mundial, ficamos a espera das decisões. Porque a CBF não distribuiu ainda uma circular para todos os clubes determinando ou pelo menos tentando expor um modelo a ser seguido na formação dos atletas?  Uma praxe em muitos países. Hoje se fala do resultado da Alemanha, mas em outros centros, é uma rotina que não chegou ainda para nós. Por que não houve também, por indicação da CBF, uma reunião com os técnicos das Séries A e B. Depois, das categorias de base. Nada feito. Apenas há os movimentos isolados, como o do professor Francisco Ferreira, que está promovendo o Ciclo de Debates “Muda Futebol Brasileiro”, com o apoio da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, com várias etapas preliminares. De concreto, apenas a conversa de Dunga com alguns técnicos. Mas isso não vai representar nada, porque são os próprios técnicos que não o aceitam. Fazem duras criticas, inclusive com palavrões.

A verdade é que continuamos como no passado recente, sem nada para podermos acreditar que há uma iniciação para mudarmos uma série de erros. Os técnicos continuam trabalhando da mesma forma. Querem garantir o emprego e preparam suas equipes para defender. Não adotam o jogo coletivo e os que estão no comando se consideram os donos da verdade. Condenam tudo do antecessor. Uma política pobre, provinciana. Dos novos que estão surgindo, há elogios apenas para dois: Enderson Moreira, do Santos e Marquinhos Santos, do Coritiba.  Aqueles que estão mais próximos do dia a dia do Futebol, estão assegurando que o trabalho de ambos, com visão coletiva e respeitado aos profissionais, darão frutos, porque há base. Os outros tocam o barco e não acrescentam. Não falaram em Marcelo Oliveira, que vejo com a bola toda. Coitado de nosso futebol.     

Morre Jadir Ambrósio

Nossos sentimentos a toda família de Jadir Ambrósio. Ele era meu primo. Minha avó paterna era irmã de sua mãe. Foi emocionante ter participado de sua festa de 91 anos.  E que festa. Ele foi uma figura humana que não passou pela terra por acaso. Fez a sua obra. Não só pelo hino do Cruzeiro, suas composições, amigos e o legado familiar. 







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