Brasileiro – O poder de São Paulo, Santos, Corinthians e Palmeiras

       

           A maravilha que todos querem, mas são poucos os capacitados para a alegria da conquista

Dentro dos clubes (jamais um assunto público), se trabalhava com um pensamento: a cada dez anos o futebol paulista abre uma brecha ou exceção para que um time de outro Estado possa conquistar o título do Campeonato Brasileiro. O que era quase uma regra mudou um pouco. Também no passado (até 2000), os times do Rio conseguiam chegar fortes na briga. Nos últimos anos, o Flamengo foi campeão em  2009 e o Fluminense, 2010 e 2.012. Todos viveram a glória. Até o Bangu, em 1985, disputou a finalíssima e perdeu para o Coritiba. 

Hoje iniciamos mais um Campeonato Brasileiro e está claro que faltam recursos econômicos, mas tecnicamente os quatro paulistas (Santos, Palmeiras, Corinthians e São Paulo) e apenas a Ponte não faz parte desta lista, estão a frente. Eles naturalmente disputarão um Brasileiro a parte. O título estará entre eles. O Palmeiras com mais bala na agulha, o que é um diferencial, além de um técnico que sabe trabalhar. O Santos tem mais técnica e organização; o São Paulo tradição e dando sinais de reação e o Corinthians dispensa comentários, mesmo com fracassos em jogos decisivos em sua Arena. Mas é o Corinthians. Corre pelo bicampeonato.

Não sei quem tem força para furar este bloqueio paulista. Recordam o que falou Alexandre Kalil: "Com o orçamento dos clubes do Rio e de São Paulo eu seria campeão todos os anos".

 Pode ser o Atlético-MG, que efetivamente há quatro anos tem uma nova postura – do meio campo para frente é forte; Grêmio e Internacional, estes também pela rivalidade gaúcha, porque não gostam de distanciar um do outro. Para fechar, Flamengo e Fluminense, mais pelos nomes. São previsões em cima de uma estrutura e pelo que estão jogando, bem abaixo de todas as expectativas. Os vitoriosos do Brasileiro são os mais aplicados, os favorecidos pelas arbitragens e aqueles que graças aos recursos financeiros, podem ter um ou dois jogadores diferenciados. Os demais ficam a espera do acaso. Até o acaso tem fugido do nosso futebol. Triste para uma competição que já se postou na primeira linha do futebol mundial.