terça-feira, 29 de julho de 2014

Ronaldinho Gaúcho, muito obrigado por tudo



Até a inauguração do Mineirão, em 1965, o Futebol mineiro vivia de buscar em outros centros, especialmente Rio e São Paulo, jogadores em fim de carreira para dar aqui os últimos suspiros. O América é que mais abria as portas para o que posso chamar de produtos com a qualidade vencida. Eles aproveitavam e levavam as nossas promessas. Muitas e muitas. Depois, com maiores arrecadações nas bilheterias do estádio, foi possível manter por mais tempo nossos principais talentos e buscar verdadeiros reforços.  Vieram Perfumo, Mário Tito, Brito, Fontana, Oldair, Cincunegui, Djalma Dias, pai de Djalminha, Mazurkiewicz, Ortiz, Jairzinho, Gilberto, Sorín, Rivaldo, Zinho, Alex e outros.  Também há uma lista dos que, com potencial, mas sem o status de estrelas, chegaram aqui e fizeram história. Deram uma contribuição maravilhosa para que o Cruzeiro conquistasse os dois títulos da Copa Libertadores; os três do Brasileiro e outros tantos. Já para o Atlético o Campeonato Brasileiro em 1971 e da Libertadores de 2013, além de outros momentos inesquecíveis, também com conquistas.  Mas nada se iguala ao que nos brindou um dos maiores gênios da história do Futebol: Ronaldinho Gaúcho. No outro Século, ainda estarão lembrando de seus lances espetaculares, como a participação nos lançamentos na vitória por 3 a 2 sobre o Fluminense, em especial, o terceiro gol, quando com a sua magia, parecendo tocar com mão na bola, a colocou na cabeça de Leonardo Silva para o zagueiro fazer o  terceiro gol. Isso em 2012, quando era só encanto.

Ronaldinho fez muito mais. Um dia escrevi sobre Pelé, Copa de 1970, no México, depois da vitória por 3 a 1 do Brasil sobre o Uruguai, pelas semifinais. Os mexicanos indagaram: “De onde veio este gênio? Responderam: “Com certeza, não é do planeta terra”. Pelé deu um espetáculo que jamais individualmente um atleta havia sido capaz. O lance, ginga em cima do goleiro Mazurkiewicz até hoje é exibido. Ronaldinho não chegou a tanto. Mas esteve próximo. Lembram do gol nos 5 a 2 sobre o Arsenal de Sarandi, no Independência, pela primeira fase da Copa Libertadores em 2013; a esperteza no primeiro gol do Galo nos 2 a 1 sobre o São Paulo, na estreia da Copa Libertadores, em 2013; o segundo gol diante do Cruzeiro no empate por 2 a 2, no Independência, pelo Brasileiro também de 2012. Os toques fantásticos, a ginga de corpo, o olhar para o infinito e a precisão para colocar o companheiro, na maioria das vezes, Jô, na cara do gol. Foram muitas e muitas vezes.  Ele carregava uma atmosfera única. Nunca, nunca igual para nós mineiros. Sua contribuição chegou ao ponto de ter influência no Cruzeiro, que se viu obrigado a trabalhar para conseguir armar um time que hoje é a referência do Futebol brasileiro. Tributo deixado por ele.

Nós mineiros estávamos acostumados há muito pouco. Próximo de migalhas. A cada década, e olha que estou sendo generoso, com um momento de extrema felicidade. De repente fomos para o Mundo, graças a este homem, sua história e encanto. Não foi Bernard ?E outros.  Vê-lo em ação no Independência, onde jamais perdeu, foi uma honra. Aplaudí-lo, sentir nas nuvens. Não foi este o sentimento, atleticano? O Futebol mineiro agradece por tudo. Uma obra inigualável.  





7 comentários:

  1. Valeu R10. Ainda restam mais respostas do atual presidente atleticano

    ResponderExcluir
  2. E o cara ainda é pegador

    ResponderExcluir
  3. Vai enganar em outro lugar otário

    ResponderExcluir
  4. Grande jogador, acima da media, espetacular. Craque não acredito. Mostrou um futebol arte e criativo como poucos. O Atlético e os atleticanos precisavam a muito tempo de um jogador assim. que tivessem o orgulho de carregar sua camisa.Tomara que não precisem de esperar mais 30 anos por um.

    ResponderExcluir