Cruzeiro - Ainda no embalo do efeito Luxemburgo

O Cruzeiro derrotou o Vasco por 3 a 1, ontem (13-06), em São Januário, no Rio, chegando a terceira vitória consecutiva, uma façanha em termos de Campeonato Brasileiro. Apenas os times que chegarão à reta final em condições de disputar o título conseguem um desempenho deste nível. Não importa que ha bem pouco tempo, no comando de Marcelo Oliveira, quebrava cabeça, com derrotas no Brasileiro e na Copa Libertadores. É o efeito pela troca no comando técnico. Saiu um técnico amigo, conhecedor do futebol, especialista em armar equipes taticamente, mesmo sendo visto como de apenas um esquema, o que não é verdade e, que sabe valorizar os seus comandados. Afinal, foi um boleiro e os trata da forma como foi cuidado. Por sinal, um talento. Quem viu sabe perfeitamente seu potencial. Jogava e jogava muito, do meio campo para frente.

                           

Chegou Luxemburgo com uma história de vencedor em baixa nos últimos tempos e com necessidade de mostrar que ainda é mestre.  Por enquanto, 100% de aproveitamento. Natural para quem conhece de bola e ainda teve uma tabela favorável para ganhar folego. Primeiro, o Flamengo, onde estava 15 dias antes de ser contratado pelo Cruzeiro; depois, o maior rival, fortalecendo mais e, ontem, um Vasco fragilizado.  O crescimento veio na medida certa. Está claro que Luxemburgo introduziu alguns de seus métodos e que foram bem absorvidos. Vejo que o maior poder está na forma de defender e tirar os espaços. Não dá chance. Marcou o Vasco em seu campo e um adversário que não tem organização e qualidade, naturalmente se perde. Foi o retrato do jogo. Ainda foi firme nos contra-ataques. Leandro Damião agradece pelos dois gols. Então, o Cruzeiro apresentou a fórmula correta de vencedor, mesmo sem estrelas, jogadores importantes como Mena, Arrascaeta, Alisson, Dedé, Henrique e outros. O treinador mostra o que sabe é exatamente nestes momentos. Dez para Luxemburgo.

                                    

Claro que o Cruzeiro não chegou à lista dos que estarão na ponta.  Falta muito. Mas nenhum time mostrou futebol para afirmarmos que é um dos candidatos ao título. Retrato da pobreza do nosso futebol. Mas podem olhar o Cruzeiro novamente de uma forma diferente. Muito da estrutura do bicampeonato (2013-14), está em campo e faz a diferença. Vejam como um detalhe é decisivo dentro de campo. Apenas tem de saber desenvolvê-lo, sem necessidade de milagres.

Para fechar o tema Campeonato Brasileiro, um aviso: São Paulo e Corinthians estão chegando.  O Vasco segue uma draga e Oswaldo de Oliveira está à disposição. Não acertou com o Santos e fiquem atentos porque poderemos ter surpresa. No Atlético, no caso de queda de Levir Culpi, Oswaldo tem seus admiradores. Um perigo, porque as necessidades dos clubes mineiros são outras. Vejam o exemplo do Cruzeiro. Foi buscar uma solução, não uma interrogação.