Perderam o respeito e falta humildade ao Brasil

A derrota por 1 a 0 para a Colômbia ontem (17-6), no Chile, pela segunda rodada da Copa América, mostrou o que o Brasil inteiro já sabe, mas algumas pessoas, aquelas com interesses, fazem questão de ignorar. O futebol brasileiro já era. Foi sepultado há algum tempo e está sem força para ressuscitar. Para complicar, ainda nos falta humildade. Demonstramos estas atitudes na forma de jogar e nas reações dos jogadores, tendo a frente Neymar que só fortalecem os adversários. Podem escrever. Esta atual geração não vai ganhar nada. Outro dia vi uma revelação de Zito, o bicampeão mundial que faleceu há poucos dias, referindo-se a Robinho. 

O jogador estava com tudo e acabava de ser negociado pelo Santos com o Milan. Só enxergava as pessoas por cima e de repente apareceu na Vila Belmiro, Dino Sani, campeão do mundo em 1958, na Suécia. Robinho questionou Zito: “Quem é este aí”. A resposta do capitão: “Tem um título que sua geração pode não conquistar”.

 Nossa queda técnica é tão assustadora que a geração de Neymar poderá apenas fazer algumas firulas e bater palmas para os rivais. Na penúltima postagem, destaquei a revelação de um dos membros da última comissão técnica, que falava em fracassos na Copa América e principalmente nas Eliminatórias, que ainda nem começaram.

Suas palavras começam a se profetizar. Ganhamos na sorte do Peru; fomos derrotados pela Colômbia, resultado justo e dependemos nossa classificação até como o terceiro melhor, diante da Venezuela. E se perdemos não será nenhum desastre.

 

A questão é a seguinte:  Por que perdemos? Primeiro, o jogo coletivo do Brasil é deficiente. O técnico não tem capacidade para mudar taticamente o jogo, esperando a intuição de um dos comandados para mudar. Tecnicamente o Brasil é falho. Do nível dos outros ou até pior. Só que os adversários nos superam na aplicação. Taticamente estamos sendo engolidos sem capacidade para fugir dos esquemas, com marcação cerrada, envolvendo todos os jogadores e quando individualmente ficamos na dependência de alguém, estamos nulos. Que o diga Firmino. Ele não tem culpa de nada. Os outros, idem. Pior é quem escala. A Colômbia não precisou jogar o fino. Apenas impôs seu jogo. No final alguns de seus jogadores já estavam muito cansados e não acompanhavam as jogadas. Nem por isso, ficou inferior. O Brasil não tem capacidade nem para aproveitar os espaços.

Agora quero ver as desculpas de Dunga. Depois da vitória sobre o Peru ele garantiu que haveria evolução contra a Colômbia. Afinal, víamos de 11 vitórias consecutivas que escondemos nossas limitações. Só nossos comandantes não aceitam. Contestam quando são criticados. Não é preciso ser um expertise ou ter bola de cristal para sentenciar: triste realidade para quem já foi o Rei da bola.