sexta-feira, 12 de setembro de 2014

A mídia quer um fantasma para o Cruzeiro


É difícil para a mídia nacional aceitar o domínio de um clube que não seja um dos grandes do Futebol paulista ou carioca, especialmente em duas temporadas.  O belo desempenho de Minas em 2013 (Atlético campeão da Copa Libertadores e o Cruzeiro do Brasileiro) não foi muito do agrado da mídia nacional, porque Minas é um dos Estados em que as empresas menos investem no esporte. O bolo pertence aos paulistas, com 60% da receita nacional, graças às empresas locais ou com seus escritórios centrais em São Paulo. Dois anos seguintes de domínio de Minas incomoda e muito. As redes nacionais de TV são obrigadas a mudar suas programações e consequentemente, times como Flamengo, Corinthians, São Paulo, Fluminense, com frequência na grade de programação, passam para o segundo plano. Mesmo assim, de vez em quando, há uma escapadinha e eles aparecem. Outro dia, por exemplo, vimos Goiás 1 x 0 Flamengo, na Arena Pantanal, para todo Estado. Importante destacarmos que em algumas regiões de Minas, o Flamengo é o número 1 em preferência e, em Belo Horizonte, aparece como quarto, perdendo por apenas por 0,2% para o América. Em algumas localidades da cidade até supera o Coelho.

Quando o Cruzeiro chegou à liderança, a partir da sexta rodada, tentaram criar alguns fantasmas e monstros para pressionar a Raposa. Mas sem sucesso.  Apostaram no Santos, que nem simples ensaios fez para que houvesse a possibilidade de subir na classificação. Decepcionou tanto que mandaram Oswaldo de Oliveira embora. Depois no São Paulo, com muita irregularidade, só subindo agora, com nove jogos sem perder no Brasileiro. A última derrota foi para o Goiás por 2 a 1, no dia 27 de julho; Corinthians, muito irregular, mas fortalecido depois de vitórias como a de ontem por 1 a 0 sobre o Atlético, que representa muito pouco em termos de acerto da equipe;  Fluminense nunca passou de uma incerteza, já que seu principal goleador Fred não decola. E por incrível que pareça, até o Flamengo, que depois da série de cinco vitórias seguidas, perdeu a sequência na derrota por 1 a 0 para o Grêmio. Se vencesse aquele jogo, vocês não imaginam o carnaval que seria feito, bem propício para os cariocas. Não só na passarela, mas acima de tudo, na mídia. As primeiras inserções já estavam sendo feitas, como entrevistas com ex-técnicos do clube, Joel Santana (não havia acertado com o Vasco) e Andrade, falando que o Flamengo tinha condições de brigar por uma das vagas da Libertadores. Era ganhar  e o papelzinho sairia de dentro da cumbuca: campeão. Vejam bem, são monstros sem a capacidade nem de  uma respiração mais forte.

Ligue a TV e verá alguém falando, se o assunto é Futebol,  do Corinthians e, principalmente, do São Paulo, este também em função do duelo que fará domingo, diante do Cruzeiro, no Morumbi. É a decisão para o Tricolor. Se vencer, se credencia para pressionar a equipe celeste. Por enquanto, claro que o certo exagero, mas como recurso das palavras, posso dizer que o São Paulo é um mosquito que voa, voa, voa e só incomoda. O santo terá de ajudar para ele se fixar no alto e não descer. 

A verdade é que a cada rodada, o Cruzeiro se fixa como o dono do título. Seu maior adversário só poderá ser ele mesmo. Joga também com a sorte,  a aliada dos vencedores. 






2 comentários:

  1. Na seqüência do perde ganha do nosso Atlético, onde seria o dia de perder, e perdeu. Sou torcedor crítico e exigente e defendo o nariz empinado. Mas estamos perdendo a oportunidade de estender este sentimento. O grupo que nos proporcionou estarmos no topo, ir a Marrakesh, está jogando pelo ralo o que conquistamos. Existe a atenuante das contusões, desfigurando o grupo, mas com ou sem os melhores, não há esquema de jogo, não há estudo do adversário, só empirismo e coelhos saindo da cartola. O que se vê a olho nu são apenas DISCIPLINA e a medição fria dos atletas, nem todos, por resultado, por números e as twittadas do nosso presidente ameaçando demitir quem não se submete ao seu estilo ou contesta suas amizades. Domingo, na seqüência do perde ganha, será o dia de vencer, tomara, para não precisarmos recorrer aos terços e rezar pedindo distância do Z4

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  2. E parabéns ao rival mas ontem houve uma ajudinha dos homens de preto

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