quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Dunga coerente


O técnico Dunga fez hoje a sua segunda convocação desde que reassumiu o comando da Seleção Brasileira. E ele foi coerente na lista para os amistosos de outubro contra a Argentina e o Japão. Repetiu praticamente o mesmo grupo que usou nas vitórias por 1 a 0 sobre a Colômbia e o Equador. Ficou de fora o lateral Maicon, que não volta mais, por ato de indisciplina; e aparecem pela primeira vez os laterais Mário Fernandes, do CSKA da Rússia e Dodó, atualmente no Inter de Milão. O técnico não cedeu à pressão dos clubes envolvidos nos jogos das quartas de final da Copa do Brasil e melhor ainda: dos empresários. A Seleção assim nos determina que está acima dos interesses, o que jamais deveria ter sido mudado. A partir dos anos 70, o que se viu foram esquemas e alguns absurdos, com nomes que jamais mereciam estar na lista dos melhores do País, mas figuravam para que no outro dia pudessem ser envolvidos em transferências para o exterior. Até membros da CBF levavam vantagens nestas negociações. 

Mais uma vez, de Minas Gerais foram lembrados a dupla Éverton Ribeiro e Ricardo Goulart, do Cruzeiro e, ainda, Tardelli, do Atlético, com o técnico abrindo mão de um centro-avante de ofício, o que leva a crer que a partir de agora, só um camisa nove com muita técnica, estilo Careca, Reinaldo, Romário, Ronaldo Fenômeno e outros, mas nem tantos, terá vez. Matar com a canela é dose. O Futebol brasileiro não merece, principalmente para quem trabalha para recuperar um estilo diferencial da técnica. Dunga voltou com outra mentalidade. Que assim seja. São nestes pequenos detalhes que teremos a tão desejada recuperação. Mas há muito mais.  Há jogadores praticamente do mesmo nível dos que estão sendo lembrados e que numa Seleção Brasileira motivados podem ter um rendimento superior. Existem os leões de treinos, de times e também de Seleções. Fique atento Dunga. Esta é a missão dos técnicos. Não só convocar. Tem de ter também olho clinico.







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