terça-feira, 9 de setembro de 2014

Grande momento do Basquete


Nos Anos 60, o Basquete era o segundo esporte na preferência do brasileiro e fazia seus ídolos como Amaury, Rosa Branca, Ubiratan, Mosquito, Wlamir, Algodão e outros. Teve grandes conquistas, graças à habilidade técnica de nossos jogadores, encarnados pelo espirito vencedor do Futebol, que já tinha dois títulos mundiais: 1958, na Suécia e 1962, no Chile. Na época não havia patrocínios, mas os recursos chegavam do governo e alguns milionários apaixonados pelo esporte. Foi o pior que poderia ter acontecido com o Basquete. Aliás, tudo no Brasil que envolve dinheiro vocês sabem perfeitamente como termina ou tentam terminar. Bom que hoje há uma maior liberdade da imprensa (não é total) e a nação toma conhecimento das falcatruas.  E os amantes do Basquete pagaram um preço alto pela ganância dos homens que comandavam este Esporte. Vieram outras modalidades na preferência do grande público e o Basquete foi para o esquecimento, sem conseguir classificações para Mundiais, Jogos Olímpicos, etc. Ou quando chegava era para ser humilhado. 

Depois de décadas de tentativas, o Basquete brasileiro progrediu. Também graças a globalização e ainda a presença de alguns de nossos craques no basquete norte-americano. A verdade é que evoluímos. Fomos também importar da Argentina o técnico Rubén Magnano, um especialista em jogo defensivo, mas introduzir métodos na  nossa mentalidade não é fácil. Os resultados estão chegando. Não conseguimos a classificação para o Mundial – o Brasil participa graças a uma carta convite - ,mas estamos eliminando alguns obstáculos que há bem pouco tempo eram impossíveis. A sina foi para o espaço. O medo, também. O fantasma da Argentina, do monstruoso Luis Scola, do time invencível, do jogador imparável, das derrotas dramáticas... Tudo ficou no passado, o Brasil venceu os argentinos por 85 a 65 - o placar diz tudo - e passamos para as quartas de final da Copa do Mundo, na Espanha.

Amanhã a Seleção Brasileira vai enfrentar a Sérvia, às 13h, pelas quartas de final. O duelo, em Madri, será o segundo das duas Seleções no Mundial - no primeiro, em Granada, vitória brasileira por 81 a 73. Foi apertado. Mas foi um resultado alcançado com convicção. Se repetirmos a dose será um salto de gigante. Quem sabe para o Basquete brasileiro finalmente fixar suas cestas entre as grandes potências, colocando fim a quase meio século de apenas momentos esporádicos, como aqueles de 1987 de Oscar, Marcel, Guerrinha, Pipoka e Israel. Eles conseguiram nada menos do que uma vitória por 120 a 115 sobre os Estados Unidos, em Indianópolis, e a medalha de ouro no Pan-Americano. Maior feito de nossa história na modalidade.






2 comentários:

  1. Que a estrela brilhe porque o grupo é forte e encaixou.

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  2. A derrota não deve ser encarada como um fracasso e sim o ressurgimento do basquete no país. Estes homens precisam ser tratados da melhor forma possível. O basquete é desvalorizado e escondido por dirigentes e imprensa. Só valorizamos a NBA e esquecemos de incentivar o basquete universitário e nas escolas do país. Parabéns a está geração que está globalizando o basquete nacional.

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