quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Com Neymar e Tardelli


Gostei da opção do técnico Dunga por  Neymar e Tardelli mais a frente, eliminando um camisa 9 fixo na Seleção Brasileira para os amistosos nos Estados Unidos, contra a Colômbia e Equador. Quando fez a convocação fez esta indicação e também deixou como opção Robinho, outro que joga em movimentação, o que demonstra que a tendência para termos um futebol alegre e participativo. A nossa moda. Estão dizendo que assim vamos copiar o que há de mais moderno no Futebol, o que os europeus fazem hoje. Não vejo assim. A história não nega, o Futebol brasileiro  sempre explorou o que temos de diferencial: nossa habilidade e técnica. Nossos técnicos deveriam escalar jogadores acima de tudo capacitados, com qualidade acima da média – claro que não temos mais em abundância, mas é o melhor caminho para nos reafirmarmos como gigantes. É preciso o Brasil voltar a investir no nosso forno produtor para que na base os meninos não sejam rotulados para um jogo defensivo e possam desenvolver as potencialidades. Vejo o Neymar hors-concours e que Tardelli pode chegar lá, como um atacante eficiente. Padrão top. 

Não há dúvidas de que Neymar é o melhor produto que o Brasil possui. Seu campo de ação não tem limites. Craque na expressão da palavra. Precisa apenas de ser melhor orientado, porque aqueles que já viveram situações semelhantes, o encantado mundo da bola, hoje falam que o craque tem a responsabilidade de jogar como referência – o salvador – precisa de paz fora do campo e o menino tem seus problemas. Vejam só: sua formação no Santos, com turbulências – uma ganância de empresários pelo dinheiro envolvido em sua formação – e ainda sua personalidade. Teve atritos com alguns técnicos, por atos de rebeldia.  O mundo da bola conhece suas  noitadas, que não condizem com aquele que deseja ser o número 1. Uma pergunta. Quando, em sua formação e até hoje, vocês viram Messi em situações extra campo, nada recomendáveis para um atleta de alto nível? Nunca.

Já Tardelli tem o dom. Sabe jogar. É inteligente e com visão de jogo. Precisa aproveitar sua potencialidade técnica para o jogo coletivo. Com Dunga ele mostrou que seu futebol evolui quando está ao lado de jogadores eficientes. A camisa da Seleção não pesa tanto para ele. A veste com naturalidade. Tudo soma a seu favor. Agora é seguir em frente.

Que Everton Ribeiro e outros talentosos tenham a mesma chance. É bom que fique claro meu pensamento quanto à volta de alguns rótulos vencidos, como o de  Robinho. Seu marketing é perfeito. Agora o executa para ser o capitão. Mas não tem ainda nem a condição de titular. E já afirmei aqui que ele, Kaká e Ronaldinho Gaúcho foram vetados para o Mundial por questões físicas. E não há retorno para nenhum deles. É jogador de uma ou duas partidas em alto nível e retornam para o estaleiro.

Como amantes do Futebol e angustiados porque jamais imaginamos viver o quadro atual, a clemência é para que jamais tenhamos mais jogadores medianos na Seleção. Nem técnicos. É hora de construir uma nova história na essência. Não tem como não ser com a bola. Ela merece carinho e respeito. Dói vermos um jogador com dificuldades para dominá-la, dar um passe e muitas vezes procurar ficar o mais rápido livre dela, com aquela certeza em nosso pensamento: sai pra lá bruxa.       





3 comentários:

  1. O problema é que o Tardelli volta daqui a pouco e joga com jogadores que não alcançam seu raciocínio. Está bem acima dessa mulambada que disputa o campeonato nacional

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  2. Não sei até que ponto será positivo a participação dos mineiros na seleção. Partindo do Dunga, tudo pode acontecer. Serem "usados" agora é na copa ele surgir com grafite, Michel Bastos e Felipe Melo

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  3. Vamos ver se o Dunga aprendeu a lição. Terá quatro anos para mostrar se evoluiu. Jamais seria a pessoa indicada para recuperar nosso futebol, mas já que está em suas mãos, agora vamos aguardar

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